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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Doença de Ritter - Pele escaldada





A síndrome da pele escaldada estafilocócica é uma doença pouco comum que ocorre, predominantemente em recém-nascidos e crianças pequenas, mas algumas vezes em adultos imuno-suprimidos. A doença tem o aspecto de pele escaldada, com eritema difuso e esfoliação de grandes fitas de epiderme superficial. A apresentação da síndrome da pele escaldada estafilocócica pode ser clinicamente indistinguível da necrólise (morte tecidual) epidérmica tóxica.

Assim como o impetigo bolhosos, a síndrome da pele escaldada estafilocócica é causada por um estafilocócico (fagotipo 2). Na síndrome da pele escaldada estafilocócica, este organismo infecta um foco extracutâneo, tal como a faringe e as conjuntivas. A infecção focal leva à produção de uma toxina estafilocócica, chamada de esfoliatina.

Esta toxina se liga à zona granulosa epidérmica, causando uma clivagem superficial intraepidérmica. Em consequência, diferentemente do caso do impetigo bolhoso, nesta síndrome o organismo não é recuperável das lesões de pele.

A pele sai em fitas, deixando grandes áreas desnudas. Antes de começar a descamação, a pele é vermelha e dolorosa à palpação. As lesões podem surgir em qualquer ponto, mas as grandes áreas de descamação são encontradas no tronco e extremidades. A síndrome da pele escaldada geralmente cura espontaneamente, em um espaço de tempo de 2 ou 3 semanas, uma vez que depende da concentração e atuação da toxina no sangue. Em crianças a mortalidade é baixa, o que não se verifica em adultos, cuja taxa de mortalidade é de acima de 50%. Os sinais e sintomas mais evidentes são febre, sendo a pele afetada extremamente dolorosa à palpação.

Para o diagnóstico é absolutamente necessária distinguir a síndrome da pele escaldada estafilocócica da necrólise epidérmica tóxica, que ocorre geralmente em adultos, mas que pode apresentar um quadro clínico idêntico. Esta diferenciação poderá ser feita pela biópsia de pele.

O tratamento desta doença deve ser feito em ambiente hospitalar e envolve antibióticos, hidratação e cuidados específicos à pele.

O prognóstico em criança é excelente, mas o adulto a síndrome está associada com mais frequência à sepsis (infecção generalizada) estafilocócica e, a não ser que seja instituído imediatamente um tratamento agressivo com antibióticos, a doença pode ser fatal.

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