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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Albinismo





O albinismo (acromia, acromasia ou acromatose) é um distúrbio congênito caracterizado pela ausência parcial ou total de melanina na pele, cabelos e olhos, conferindo a essas estruturas uma coloração excessivamente esbranquiçada. Se faltar pigmentação à pele, ela fica mais suscetível a queimaduras solares e ao câncer de pele. Quando afeta os olhos, o albinismo é associado a um número de defeitos de visão, como fotofobia, nistagmo e/ou estrabismo. Ele afeta por igual os homens e mulheres e também pode aparecer nos animais não humanos e nos vegetais, em que faltem alguns compostos corantes, como o caroteno.

Ele pode ser oculocutâneo, se todo o corpo for afetado; ocular, se afetar somente os olhos; parcial, se faltar melanina apenas em algumas partes do corpo, mas não em outras.

Normalmente, o organismo transforma a tirosina em melanina, pela ação de uma enzima, a tirosinase. Nos indivíduos que sofrem de albinismo este caminho metabólico está alterado. O albinismo é uma condição genética, hereditária, condicionado por um gene recessivo. Por isso, ele não aparece em todas as gerações.

As pessoas albinas têm muito pouca ou nenhuma pigmentação nos olhos, pele, cabelos, sobrancelhas e pestanas, despigmentação que não se modifica com a idade. Os albinos apresentam dificuldades para enxergar em lugares claros e podem facilmente sofrer queimaduras por radiação solar e desenvolver câncer de pele, porque a melanina não só dá cor, mas também proteção à pele, cabelos e íris dos olhos. Sem ela, o corpo fica mais vulnerável aos efeitos das temperaturas e das radiações solares.

Normalmente, o diagnóstico de albinismo baseia-se na aparência da pele, cabelo e olhos, mas os testes genéticos são a forma mais precisa de diagnosticar o albinismo. Um electroretinograma ajuda a detectar eventuais problemas de visão associados ao albinismo. O exame de potenciais evocados visuais pode ser muito útil, no caso de uma suspeita ainda inconclusiva.

Não existe como suplementar a melanina que falta às pessoas albinas ou induzir o organismo a produzi-la. Não há como corrigir a descoloração da pele e dos olhos. Os tratamentos visam minorar os efeitos das complicações decorrentes do albinismo.

Não há como prevenir o albinismo, mas é possível minorar ou mesmo evitar seus efeitos. As pessoas com albinismo devem adotar proteções especiais contra o sol. Isso não significa deixar completamente de tomar algum o sol, mas expor-se à luz solar com precauções. As pessoas albinas podem, por exemplo, frequentar a praia, desde que adotem certos cuidados, como menor tempo de exposição, horários adequados, protetores solares, etc. Caso não façam uma proteção adequada, os albinos têm grandes chances de desenvolverem lesões e câncer de pele.

Os problemas de visão, embora não possam ser totalmente corrigidos, podem ser minorados com óculos ou lentes, que corrijam a miopia, a hipermetropia ou o astigmatismo que por ventura existam, ou óculos escuros que aliviam os incômodos da fotofobia e protegem a retina. O estrabismo pode ser tratado com o uso de tampões ou de cirurgia.

Sendo devido a uma combinação de genes recessivos, o albinismo não se manifesta em todas as gerações.

A despigmentação verificada inicialmente permanece estável, não evoluindo ou regredindo, posteriormente.

Um comentário:

Dr. Albee disse...

Olá, meu nome é Roberto e tenho um blog, cujo objetivo é informar sobre albinismo e lutar por políticas públicas e visibilidade para esse grupo, esquecido pelas autoridades brasileiras.Mas, também escrevo sobre cinema, música etc.
Caso queira conhecer, o endereço é
www.albinoincoerente.com
Grato
Roberto