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sexta-feira, 31 de março de 2017

Mancha amarela no olho?


Pinguécula refere-se a uma elevação de coloração amarelada na junção da córnea com a esclera. Na verdade, a pinguécula é um tumor ocular benigno que se manifesta através de uma mancha amarelada em formato triangular ou através de um aumento de volume do branco do olho.

A pinguécula é causada por uma mudança repentina do tecido conjuntival normal (degenerescência da conjuntiva ocular), ocasionando o armazenamento de substâncias proteicas e lipídicas. Pode surgir também devido à exposição crônica dos olhos à luz do sol, poeira ou vento.

As pinguéculas são mais comuns do lado da córnea mais próximo ao nariz, mas também podem crescer junto à córnea, do outro lado. Uma pinguécula se forma quando o tecido da conjuntiva se altera criando um pequeno nódulo. Normalmente, esses nódulos acumulam proteína, gordura e cálcio. A razão para esta alteração não é totalmente compreendida, mas está ligada à frequente exposição à luz solar, à poeira ou ao vento. As pinguéculas também podem se tornar mais comuns com o envelhecimento. A maioria das pessoas com mais de 80 anos tem uma pinguécula.

Conforme as características de cada caso, os sintomas podem variar de leves a graves. A avaliação do quadro clínico é feita a partir do aspecto da pinguécula e da região do olho em que se localiza. A pinguécula é mais comum em indivíduos de meia idade ou idosos que foram expostos aos raios solares a maior parte da vida, embora também possa ser encontrada em crianças e jovens.

Tipicamente, surge na área de abertura palpebral que fica exposta aos raios solares. A sintomatologia da pinguécula ocular costuma ser restrita. Quando se torna elevada pode ocasionar a sensação de irritação ou de que há areia ou um corpo estranho no olho. A área atingida também pode ficar avermelhada e coçar, o que ajuda a desenvolver um quadro de inflamação, condição denominada pingueculite.

O diagnóstico da pinguécula é feito por observação. Um diferencial tem de ser feito entre as pinguéculas e os pterígios. Ambos são tumores que podem se formar no olho. São parecidos, mas têm algumas distinções bem marcadas e aspectos diferentes. Os pterígios são ovais, alongados ou redondos, têm a cor da pele e geralmente crescem em cima da córnea, diferente da pinguécula.

O tratamento depende da gravidade do quadro clínico. Os pacientes com pinguécula devem proteger a conjuntiva ocular por meio de óculos escuros adequados. Além disso, o uso de colírios lubrificantes auxilia no alívio dos sintomas brandos, enquanto os colírios com anti-inflamatórios devem ser utilizados em casos mais graves. Se houver dor no olho, o paciente pode usar uma pomada ou colírio para diminuir a irritação.

Também existe a opção de remoção cirúrgica da pinguécula nos casos mais severos, quando esta condição está afetando a visão, o ato de piscar ou o uso de lentes de contato. No entanto, raramente se retira esse tumor, sendo que em grande parte dos casos não há nem mesmo necessidade de qualquer tratamento porque a pinguécula não prejudica a córnea.

Algumas pinguéculas normalmente aparecem ao lado da córnea e podem aumentar de tamanho, mas isso só ocorre muito lenta e raramente.

Para prevenir esses tumores, indica-se o uso de óculos escuros de boa qualidade e com lentes com filtros para raios ultravioletas. Os mais indicados são aqueles com bloqueador de raios UVA e UVB. Além disso, os óculos de sol protegem os olhos de agressões externas, como a poeira e o vento. O uso de lágrimas artificiais ajuda a manter os olhos hidratados. Os óculos protetores são muito importantes em ambientes muito secos ou empoeirados.

Normalmente a pinguécula não gera complicações, embora possa ser recorrente.

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