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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Vacina tríplice bacteriana


Chama-se vacina tríplice bacteriana à associação de vacinas contra a difteria, o tétano e a coqueluche, as quais podem ser aplicadas de uma só vez.

A vacina contém toxoide diftérico, toxoide tetânico e a bactéria Bordetella pertussis inativada em suspensão, sendo apresentada em forma líquida em frascos com múltiplas doses ou ampolas com dose única.

A difteria é uma doença causada por um bacilo que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe e nariz.

A transmissão se dá através de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

O tétano é uma doença não contagiosa, transmitida de forma acidental ou neonatal.

A forma acidental geralmente acomete pessoas que contraem o bacilo do solo contaminado, através de ferimentos ou lesões na pele.

O tétano neonatal é devido ao uso de instrumentos inadequadamente esterilizados ou uso de substâncias contaminadas no coto umbilical.

A coqueluche, cujo agente etiológico é a bactéria Bordetella pertussis, é uma doença infecciosa aguda, de transmissão respiratória.

A transmissão ocorre principalmente por meio de eliminação de gotículas eliminadas ao tossir, falar ou espirrar.

A atuação imunogênica da vacina para a coqueluche não é tão notória quanto a dos toxoides contra a difteria e o tétano, porém a eficácia da vacina tríplice bacteriana é bem estabelecida.

A vacinação deve ser feita em três doses, com intervalos de sessenta dias entre elas e o reforço deve ser feito entre seis e doze meses após a terceira dose, preferencialmente no décimo quinto mês de idade.

Um segundo reforço é necessário, dezoito meses após o primeiro.

É recomendável que se complete as três doses no primeiro ano de vida. Em caso de ferimento com alto risco de tétano, deve ser aplicada mais uma dose da vacina tríplice bacteriana.

A vacina tríplice bacteriana, em dose de 0,5 a 1,0 ml, deve ser aplicada em injeções intramusculares profundas, no músculo vasto lateral da coxa. Em crianças maiores de dois anos de idade pode ser aplicada na região deltoide.

A aplicação da vacina tríplice bacteriana deve ser feita em crianças até os sete anos de idade.

Depois dessa idade deve ser utilizada a vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto.

Além dessa proteção às crianças, a vacina ainda está indicada prioritariamente para os profissionais de saúde, que se expõem mais aos agentes etiológicos das três doenças, militares, policiais, bombeiros, coletores de lixo, profissionais que trabalham com crianças ou animais, manicures e podólogos.

A vacina tríplice bacteriana é contraindicada para crianças que tenham apresentado reações graves após a aplicação de dose anterior e encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacinação.

Nessas crianças, o esquema vacinal deve ser completado com vacina para difteria e tétano. Não se deve vacinar as crianças antes das idades mínimas indicadas.

Provavelmente não há riscos de se vacinar antes da hora, mas não existem estudos que garantam a segurança da vacina naquelas faixas etárias.

Mulheres gestantes também não devem tomar esta vacina, podendo, contudo receber a vacina contra difteria e tétano, tipo adulto.

Após a aplicação da vacina tríplice bacteriana podem ocorrer alguns eventos pós-vacinais de pouca significação clínica que, por não determinarem sequelas, não são considerados contraindicações para doses posteriores da vacina.

Esses eventos incluem choro persistente e incontrolável, temperatura igual ou maior a 39,5ºC, convulsões, episódio hipotônico e sudorese fria.

Podem ocorrer também dor, vermelhidão e endurecimento locais, mal-estar geral e irritabilidade passageira e ainda, com menor frequência, sonolência.

Uma dose de reforço da vacina tríplice bacteriana deve ser dada se a pessoa tiver contato obrigatório com um doente de difteria.

Se a pessoa tiver um ferimento suspeito deve seguir as normas indicadas pelo médico para a profilaxia do tétano após este tipo de ferimento.

As complicações possíveis da vacina tríplice bacteriana são devidas principalmente à fração anticoqueluxe e constituem-se de estado de choque, temperatura elevada, convulsões, encefalopatia e alterações neurológicas focais.

Essas complicações contraindicam a continuação da vacina tríplice bacteriana, podendo-se fazer a substituição dela pela vacina dupla infantil.

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