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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Ecocardiograma
Ecocardiograma é um exame de ultrassonografia do coração que fornece imagens obtidas através dos diferentes graus de refração de ondas sonoras de alta frequência (acima de 20.000 ciclos por segundo), muito além, portanto, da capacidade humana de audição. Um transdutor deslizado sobre o peito do paciente direciona essas ondas para estruturas do coração do paciente e capta o eco delas, transformando-o em imagens. Assim, a ecocardiografia pode fornecer imagens estáticas e em movimento dos músculos e das valvas cardíacas e o mapeamento em cores do fluxo sanguíneo pela técnica Doppler, permitindo identificar a direção e velocidade do fluxo sanguíneo no interior das cavidades cardíacas.
Há várias modalidades de ecocardiograma, mas as mais evoluídas, em associação com o Doppler, oferecem imagens coloridas em 3D, capazes de possibilitar a visualização de detalhes anatômicos e funcionais mínimos do coração. O exame também pode ser realizado no feto em gestação, permitindo um diagnóstico muito precoce de eventuais anomalias cardíacas e possibilitando intervenções ainda no interior do útero. Por tratar-se de um exame que não apresenta efeitos colaterais, ser de custo relativamente baixo e de fácil operacionalidade e transporte, além de seu excelente alcance diagnóstico, o ecocardiograma tem grande destaque na cardiologia moderna.
Quais são os tipos de ecocardiograma?
•Ecocardiograma unidimensional: primeira versão do ecocardiograma, utilizada principalmente para medir os diâmetros das câmaras cardíacas e a espessura miocárdica.
•Ecocardiograma bidimensional: permite a transformação das imagens em figuras dimensionais possibilitando uma melhor avaliação anatômica.
•Ecocardiograma transtorácico: é o tipo tradicional e mais comum de ecocardiograma em que o transdutor, que emite e capta as ondas sonoras para a formação de imagens, é deslizado sobre a região cardíaca do peito do paciente.
•Ecocardiograma transesofágico: o transdutor de ultrassom, de alta frequência, é colado no interior do esôfago, na altura do coração, por meio de uma sonda de fibra óptica. A técnica permite o exame mais apurado de certas estruturas cardíacas específicas, em virtude da maior proximidade do transdutor com o coração.
•Ecocardiograma com estresse farmacológico: ultrassonografia do coração com a infusão venosa de drogas “estressoras” cardíacas, que aumentam o consumo de oxigênio do órgão e cujas respostas são adequadamente monitoradas.
•Ecocardiograma fetal: realizado através da parede abdominal da grávida e dirigido ao coração do feto em gestação, permite avaliar o coração intra-útero.
•Ecocardiograma com Doppler: permite avaliar as condições circulatórias no interior do coração.
O exame padrão é simples, não invasivo, indolor e geralmente rápido, não exigindo preparo prévio. O ecocardiograma transesofágico exige apenas um jejum de seis horas e o paciente é submetido a uma sedação leve. O paciente deve deitar-se numa maca, de barriga para cima, tendo ao lado o ecocardiógrafo. O médico colocará sobre o seu peito alguns eletrodos estrategicamente localizados, fixados na pele de maneira indolor por “ventosas” de borracha e fará deslizar pelo seu peito um transdutor que emite ondas sonoras de alta frequência, refratadas no coração, que um computador transformará em imagens. No exame, o médico procurará direcionar o feixe sonoro para as estruturas cardíacas que deseja examinar.
O ecocardiograma é hoje um dos principais e mais utilizados recursos da cardiologia. Ele permite ao médico avaliar aspectos anatômicos e funcionais tanto das paredes quanto das cavidades cardíacas (tamanho das cavidades, espessura das paredes, movimentação das válvulas cardíacas, etc.), bem como de aspetos funcionais do coração. Quase sempre associado ao Doppler, permite também avaliar o fluxo sanguíneo através das válvulas do coração e entre as cavidades cardíacas. É utilizado para estabelecer o diagnóstico e o grau de gravidade de quase todas as afecções cardíacas e para o planejamento terapêutico e prognóstico delas. Quase sempre o exame é empregado na avaliação dos pacientes com sopro cardíaco, sintomas de palpitação, síncope, falta de ar, dor torácica ou nos portadores de diversas doenças cardíacas, tais como doenças do músculo cardíaco, insuficiência cardíaca, doenças das válvulas do coração, anomalias congênitas, entre outras.
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