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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Idade precoce da menarca pode levar à depressão e comportamento antissocial na vida adulta


O presente estudo, publicado pelo periódico Pediatrics, relata que as taxas elevadas de depressão e comportamento antissocial de meninas que apresentaram menarca precoce persistiram ainda mais na idade adulta do que o que foi documentado em pesquisas anteriores. Os pediatras devem estar em sintonia com os riscos para a saúde mental associados à puberdade precoce e ser sensíveis à duração dos seus efeitos.

O momento de início da puberdade em meninas é um dos antecedentes mais replicados de uma série de problemas de saúde mental durante a adolescência, mas poucos pesquisadores examinaram a duração desses efeitos.

Jane Mendle e outros colaboradres do Department of Human Development, da Cornell University, alavancaram uma amostra representativa de mulheres (n=7.802) acompanhadas prospectivamente da adolescência até um período de 14 anos, para examinar as associações da idade da menarca com sintomas depressivos e comportamentos antissociais na idade adulta.

As idades mais precoces da menarca foram associadas a taxas mais elevadas de sintomas depressivos e comportamentos antissociais na idade adulta precoce, em grande parte porque as dificuldades que começaram na adolescência não se atenuaram ao longo do tempo.

Essas descobertas indicam que as sequelas emocionais da puberdade se estendem além do documentado em pesquisas anteriores e sugerem que o desenvolvimento precoce pode colocar as meninas em um caminho de vida a partir do qual pode ser difícil se desviar.

A Academia Americana de Pediatria já fornece diretrizes para identificar e trabalhar com pacientes com cronograma puberal precoce. Os pediatras e os prestadores de cuidados de saúde para adolescentes também devem estar atentos ao risco elevado de doenças mentais nas jovens que amadureceram precocemente e que são mais sensíveis à duração potencial das mudanças na saúde mental que começam na puberdade.

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