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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Fertilização in vitro 


Fertilização in vitro é aquela promovida num laboratório, sendo o óvulo resultante posteriormente implantado no útero de uma mulher, para que se desenvolva a gestação.

Denomina-se bebê de proveta ao bebê resultante desse método de fecundação. 

É exatamente o fato de que a fertilização seja realizada em laboratório que confere ao produto dela a denominação de bebê de proveta. 

O primeiro bebê de proveta do mundo nasceu em 1978 e o primeiro do Brasil em 1984.

Deve-se tentar uma fertilização in vitro quando não há possibilidade de uma fertilização e nidação (estabelecimento do embrião no útero) naturais, como ocorre no bloqueio das trompas de Falópio, por exemplo, em que há dificuldade da chegada dos espermatozoides até o óvulo. 

Também pode-se tentar o método se o homem tem um número reduzido de espermatozoides ou se a mobilidade deles é deficiente ou nula, impossibilitando-os de penetrar no óvulo e fecundá-lo. 

Outra situação em que o tratamento é indicado é em casos de casais homossexuais masculinos.

O primeiro passo é fazer a coleta dos gametas feminino e masculino. Inicialmente, a mulher deve fazer uma estimulação da ovulação por meio de fármacos indutores da produção e liberação de óvulos. 

Estes óvulos são recolhidos por aspiração, com a ajuda de uma ultrassonografia transvaginal. 

Esse procedimento deve ser feito num centro cirúrgico, com a paciente sedada e dura em torno de vinte minutos. 

Depois eles são levados ao laboratório, onde serão artificialmente fecundados por espermatozoides previamente selecionados.

Os espermatozoides devem ser coletados de certa porção de sêmen obtido por meio de masturbação. 

Se, por algum motivo, não houver espermatozoides no sêmen será preciso retirá-los diretamente dos testículos, por meio de uma punção.

Se o homem ou a mulher tiverem uma impossibilidade de produzir gametas, pode ser indicado o uso de gametas doados. 

Os óvulos e espermatozoides são colocados em meio de cultura apropriado, numa proporção de 100 a 200 mil gametas masculinos para cada gameta feminino. 

A cultura deve ser mantida em condições ideais de temperatura, em ambiente que simula as trompas. 

Se o processo de fertilização for bem sucedido, os ovos assim gerados são transferidos para o útero da mulher, dando início à gravidez. 

Além da técnica convencional em que um ou mais espermatozoides penetram no óvulo, existe a técnica em que o espermatozoide é artificialmente injetado dentro do óvulo. 

O ovo fertilizado é então transferido para o útero da mulher, depois de cinco dias de desenvolvimento laboratorial, por meio de um cateter inserido em sua vagina e corretamente posicionado no interior do útero por meio da ultrassonografia. 

Esse procedimento também deve ser realizado no centro cirúrgico, mas nem sempre requer anestesia. 

Após doze ou quatorze dias, é feito o exame para detectar se houve ou não sucesso do método.

O processo da fertilização in vitro é idêntico ao ocorrido no corpo da mulher, com a diferença que ocorre em laboratório. 

Portanto, não há riscos de malformação maiores do que numa fecundação natural. 

A fecundação pode não ocorrer, mas isso é algo muito raro.

A mulher que engravida por fertilização in vitro precisa dos mesmos cuidados com a saúde que aquela que engravida normalmente.

Também deve procurar verificar se há alguma doença que possa prejudicar a gravidez.

As chances de sucesso desse método dependem da idade da mulher e decresce com o passar do tempo.

Com esse método de fertilização in vitro há 25% de chance de gravidez gemelar. 

Isso não chega a ser uma complicação, mas é um resultado inesperado e naturalmente envolve riscos maiores que os de uma gravidez simples.

Dos mais de três milhões de bebês de proveta nascidos no mundo desde 1978, a maioria é saudável, no entanto, o grupo parece comportar maior risco de nascer com peso corporal menor, sofrer de obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2 no decorrer da vida.

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