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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Dor no arco plantar 


O arco plantar é chamado de aponevrose plantar ou fáscia plantar. 

Ele é constituído de fibras colágenas espessas e mal vascularizadas formando uma membrana que liga o calcanhar à parte anterior do pé e aos dedos (artelhos).

Esta membrana plantar mantém o arco plantar, sua tensão e sua forma. 

É ela que dá a forma anatômica do pé, que pode ser chato, curvado ou normal.

A cada passo, a cada sequência, a aponevrose plantar é solicitada e distendida para a transmissão da força dos músculos da panturrilha para os dedos do pé.

É a causa da sua implicação durante a corrida ou a caminhada rápida.

A aponevrosite plantar (inflamação da aponevrose) é encontrada mais frequentemente nos atletas que praticam impulsos ou recepções brutais (esportes de salto, corrida) ou de mudanças de direção e ela é favorecida pelas deformações do pé do tipo chato ou curvado e pelos conflitos com os calçados.

LEMBRETE SOBRE BIOMECÂNICA

O passo ou a sequência começa com um ataque pelo calcanhar no chão, absorvendo as dificuldades em relação ao peso do corpo a fim de preparar a fase de propulsão para a transferência da energia motora para a parte anterior do pé em três fases:     


 1- O AMORTECIMENTO

a fase de amortecimento começa quando o calcanhar entra em contato com o solo e termina no ponto onde a projeção vertical do centro de gravidade coincide com a vertical do suporte.  

2 - O APOIO

Ele corresponde ao momento quando o centro de gravidade.  

3 - A PROPULSÃO

A última fase da propulsão ou de sequência começa no momento do apoio e se termina quando o pé deixa o solo.

O DESCONFORTO SENTIDO OU O SINAL CLÍNICO

A aponevrosite ou a fasciite plantar é uma inflamação dolorosa da aponevrose. 

A membrana que compõe a aponevrose pode estar sujeita a fortes tensões durante o esforço. 

A perda da elasticidade faz com que ela se torna cada vez mais fibrosa e menos resistente à tensão.

Assim, ela pode inflamar e mesmo chegar ao rompimento.

O sinal típico: a dor

CARACTERÍSTICA DA DOR

DOR DO CALCANHAR EM REPOUSO FREQUENTEMENTE DO LADO DE DENTRO E DESAPARECENDO NO INÍCIO E DURANTE O ANDAR, 

EM SEGUIDA, DOR NO CAMINHAR, CADA VEZ MAIS FORTE, ATÉ PROVOCAR A IMPOSSIBILIDADE DE ANDAR.

DOR À PALPAÇÃO DO CALCANHAR NO PONTO DE INSERÇÃO DA APONEVROSE PLANTAR NO CALCÂNEO

SENSAÇÃO DE "PAPEL DE VIDRO" OU ESTALOS AO MEXER O PÉ OU OS DEDOS DO PÉ

NOTE BEM: NO CASO DE ROMPIMENTO, ALÉM DA DOR, PODE HAVER UMA TUMEFAÇÃO COM EQUIMOSE.

CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO MÉDICO

O médico, após seu exame clínico proporá a realização de uma ultrassonografia e de uma radiografia para procurar uma calcificação ou "espigão" ou "esporão" calcâneo ou um exocrescimento ósseo

A ressonância magnética (IRM) é muito eficiente no diagnóstico mostrando os sinais de espessamento da membrana ou às vezes, um autêntico rompimento.

A cintilografia óssea pode também ajudar na precisão do diagnóstico.

AS CAUSAS SÃO MUITAS:

PERTURBAÇÕES DA ESTÁTICA PLANTAR: PÉS CHATOS, CURVOS, PRÉS PRONADORES OU SUPINADORES

ESPORÃO DO CALCÂNEO COM OU SEM BURSITE ASSOCIADA

TRAUMATISMO LOCAL COM UM CHOQUE COMO O CARRINHO NO SUPERMERCADO

DOENÇA REUMATISMAL INFLAMATÓRIA

OVERTRAINING OU GESTO TÉCNICO ERRADO

ERRO NA PRÁTICA DE ALONGAMENTO

SOLO DURO OU VARIAÇÃO FREQUENTE DE SUPERFÍCIES

PRÁTICA ESPORTIVA (SALTO, VARIAÇÃO DAS CORRIDAS, SNOWBOARD)

SOBREPESO

DESGASTE DE SAPATOS OU FRACO AMORTECIMENTO

USO DE CERTOS ANTIBIÓTICOS OU OUTROS MEDICAMENTOS

PROBLEMA DENTÁRIO AGUDO OU CRÔNICO

O TRATAMENTO MÉDICO E MANUAL

Repouso do esporte como também diminuição da carga (andar com muletas) possível no dia-a-dia.

Tratamento ortopédico com gesso se necessário e caminhar com um calçado específico de gesso.

Aplicação de gelo duas ou três vezes por dia tendo a precaução de uso para evitar as queimaduras locais.

Uso de palmilhas ortopédicas adaptadas e confeccionadas por um podólogo de esporte ou a compra de uma palmilha antichoque choque focando e privilegiando o calcanhar.

Anti-inflamatórios ou tratamentos homeopáticos no início do tratamento.

Massagem com bálsamo e ólos essenciais ou talco.

Massagens transversais profundas (MTP).

Acupuntura, mesoterapia, etc...

Infiltrações com moderação, realizadas por especialista.

Fisioterapia e eletroterapia do tipo Ultrasson ou iontoforese.

Ondas de choques extracorporais. Advertência: esta técnica pode ser dolorosa e precisa uma avaliação precisa do seu fisioterapeuta.

Alongamentos e mobilização do pé e dos dedos dos pés.


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