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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Perda da libido


A libido é a energia instintiva que dá origem ao desejo ou impulso sexual de um homem ou uma mulher. Na psicologia, é vista como a energia que direciona os instintos vitais. Ela não está ligada exclusivamente aos órgãos genitais e pode ser dirigida a uma pessoa, objeto, ao próprio corpo ou mesmo a uma atividade física ou intelectual.

A libido é uma das principais motivações dos seres humanos para a perpetuação da espécie. Freud foi o estudioso maior da libido como energia instintiva, embora Jung a tenha classificado como força vital psíquica ou energia vital geral, comparável ao “elã vital” de Bergson. Em termos gerais, contudo, a libido quase sempre é tomada no seu sentido sexual. Seja vista de uma maneira ou de outra, essa energia pode variar em intensidade, para mais ou para menos.

A queda da libido corresponde à diminuição do interesse e da impulsividade sexuais, com diminuição do prazer auferido de práticas sexuais. Em termos populares, pode-se dizer mais grosseiramente que é a "falta de tesão". Ao mesmo tempo em que a libido sofre uma queda, diminuem também as demais impulsividades e desejos não só na sexualidade, mas na vida como um todo.

A causa mais comum de queda da libido é a diminuição da testosterona, no homem, e da progesterona, na mulher, que ocorre naturalmente com a idade, a partir da andropausa e da menopausa, respectivamente. Essa diminuição também pode ocorrer em função de alimentação inadequada, ingestão de medicamento, depressão, ansiedade e estresse, entre outras causas.

O uso exagerado do fumo e do álcool e certas condições clínicas, como o hipotireoidismo, por exemplo, são fatores que também diminuem a libido. Também os obesos têm uma diminuição da testosterona e, assim, da libido. O estresse crônico é outro fator que diminui a testosterona, por meio dos níveis aumentados de cortisol.

Também nas mulheres pode ocorrer uma diminuição da libido, com diminuição do desejo sexual ou dificuldades de orgasmo, por fatores como o uso de anticoncepcionais orais, cansaço, depressão, baixa autoestima, má qualidade do relacionamento afetivo, traumas emocionais, obesidade, anemias graves, abuso de álcool e drogas, período pós-parto, durante a amamentação, uso de antidepressivos, hipnóticos, ansiolíticos e distúrbios hormonais.

Mas, inversamente, pode ocorrer também aumento da libido. A libido feminina, por exemplo, aumenta naturalmente durante o ciclo menstrual, quando a mulher entra no período fértil. Há suplementos alimentares para o aumento artificial da libido.

Entre as plantas, encontra-se a maca, conhecida como “Viagra peruano”. Também o ginseng tem propriedades que aumentam a libido, ajudando a estabilizar os hormônios. O “tribulus terrestris”, uma erva daninha, é outra planta que ajuda a produzir hormônios. As plantas, contudo, não garantem a solução total da diminuição da libido, quando o fator está ligado a problemas psíquicos.

A queda da libido se manifesta, em geral, por um menor interesse sexual e por alguma dificuldade em obter o prazer sexual normal. Em casos mais extremos, pode-se manifestar, inclusive, por uma aversão à sexualidade. A baixa da testosterona, além de diminuir o impulso sexual, ajuda na depressão, queda do desempenho físico, diminuição do entusiasmo e do volume muscular, queda da resistência orgânica e entusiasmo pela vida.

O diagnóstico de queda da libido é eminentemente clínico. Geralmente o paciente relatará diminuição do interesse sexual ou mesmo aversão ao sexo. Exames complementares e de laboratório podem ser pedidos para esclarecer suas causas.

O tratamento da queda da libido depende da sua causa, mas existe tratamento para ela e sempre será muito importante tratá-la porque os problemas com o desejo sexual acabam afetando toda a vida de uma pessoa e também de seu parceiro.

Em primeiro lugar, deve ser pesquisado se a causa do problema é orgânica ou psíquica e se existe alguma medicação que possa ser usada para aliviar os sintomas. Alguma forma de psicoterapia é indicada, mesmo que a origem do problema seja orgânica, e pode ser tanto individual quanto de casal. Afinal, mesmo havendo uma causa orgânica definida, a queda da libido sempre envolve também problemas emocionais. Quando há uma causa orgânica subjacente, ela deve ser tratada.

Ao contrário da crença comum, não existem alimentos que tenham efeito direto e imediato no aumento da libido. Entretanto, alguns alimentos que ajudam a melhorar a circulação e a produção de neurotransmissores estão diretamente ligados à sensação de bem-estar e prazer. Os frutos do mar, por exemplo, são ricos minerais que contribuem para a formação de testosterona. Assim como esses, há outros alimentos que são excelentes opções nutricionais. Deve-se, então, cultivar uma dieta equilibrada e variada, rica em nutrientes, e praticar exercícios físicos de maneira regular, os quais ajudam a liberar hormônios relacionados ao bem-estar.

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