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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Transplante capilar


Transplante capilar é a transposição de folículos pilosos de uma área corporal em que eles são abundantes para outra área onde são escassos ou inexistentes. Na técnica do transplante capilar, os fios a serem transplantados são retirados de uma área “doadora” para serem implantados em outra área “receptora” do mesmo indivíduo.

O transplante é usado principalmente para tratar a calvície masculina, mas pode ser empregado também para restaurar cílios, sobrancelhas, cabelos de barba, pelos no peito, pelos púbicos e preencher cicatrizes causadas por acidentes ou cirurgias. Neste procedimento, os enxertos contendo folículos pilosos sadios são transplantados para as regiões calvas ou deficientes de pelos.

Em uma consulta inicial, o cirurgião deve analisar o couro cabeludo do paciente, discutir com ele suas preferências e expectativas e aconselhá-lo sobre a melhor abordagem e quais resultados podem ser esperados. Alguns pacientes podem se beneficiar com aplicação dos medicamentos minoxidil tópico pré-operatório e vitaminas. Nos dias antecedentes à cirurgia, o paciente deve se abster de usar qualquer medicamento que possa resultar em sangramento. Assim também, deve evitar álcool e tabaco, que podem contribuir para enxerto de qualidade pobre. Os antibióticos pós-operatórios são comumente prescritos para prevenir infecções.

As operações de transplante são realizadas em regime ambulatorial, com sedação leve e anestesia local. O couro cabeludo dever ser bem lavado e, em seguida, tratado com um agente antibacteriano antes de o couro cabeludo “doador” ser colhido. Existem várias técnicas diferentes para a colheita de folículos pilosos, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Como os folículos de cabelo crescem em um ligeiro ângulo em relação à superfície da pele, o tecido transplantado deve ser removido obedecendo a um ângulo correspondente.

Há duas maneiras principais pelas quais os enxertos podem ser extraídos: (1) colheita por excisão de tira de pele e (2) extração de unidade folicular.

A primeira, é a técnica mais comum. O cirurgião colhe uma tira de pele do couro cabeludo, de 1-1,5 x 15-30 cm de comprimento, numa área de bom crescimento capilar, a qual deve conter os folículos pilosos do local doador a serem carregados para o local receptor. Cada incisão é então planejada de modo que os folículos intactos do cabelo possam ser removidos. O cirurgião utiliza agulhas finas para perfurar os locais que irão receber os enxertos, inserindo-os nos locais. O período de recuperação é de cerca de 2 semanas.

No método da extração de unidade folicular, as unidades foliculares individuais contendo 1 a 4 pelos são removidas sob anestesia local. As quais são transplantadas para micro-orifícios feitos de maneira idêntica aos anteriores. Essa técnica pode ocorrer em uma única sessão longa ou em várias sessões de menor duração. De qualquer forma, esse procedimento é mais demorado do que o anterior. As vantagens dessa técnica sobre a colheita da tira é que ela apresenta resultados mais naturais e não deixa nenhuma cicatriz. Nos pontos em que os folículos individuais são removidos, permanecem apenas pequenas cicatrizes pontuais, virtualmente invisíveis, e a recuperação é inferior a 7 dias.

No pós-implante imediato a área destinatária deve ser protegida do sol e a limpeza só deve se reiniciada dois dias após a cirurgia. A partir daí, a limpeza regular é muito importante, evitando a formação de crostas e outras sujeiras que possam se acumular em torno do eixo do cabelo, prejudicando os implantes. O cabelo do paciente crescerá normalmente e continuará a engrossar nos próximos seis a nove meses.

Após o transplante capilar também é comum o aparecimento de um inchaço, causado pela infiltração de solução anestésica e pela manipulação cirúrgica da região. Para evitá-lo é importante dormir como a cabeceira elevada, fazer compressas de água fria na testa, pelo menos umas cinco sessões de 20 minutos a cada dia e fazer uso das medicações prescritas conforme recomendação médica.

Muitos pacientes apresentam coceira no couro cabeludo na fase de cicatrização cirúrgica, o que ocorre entre uma a duas semanas após o procedimento. Recomenda-se não coçar com as unhas o local; para aliviar podem ser dados "tapinhas" na região.

As complicações do implante capilar são transitórias e auto-resolutivas. O adelgaçamento do cabelo, conhecido como "perda de choque", é um efeito colateral comum, geralmente temporário. Áreas calvas também são comuns, uma vez que cinquenta a cem cabelos podem ser perdidos a cada dia, inicialmente. Podem ocorrer foliculites e queloides, mas são raros.

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