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quinta-feira, 23 de março de 2017

Fitofotodermatite


A fitofotodermatite é uma condição alérgica causada na pele pela exposição ao sol após contato com certas substâncias químicas fotossensibilizantes. Nem todas as pessoas irão desenvolver uma reação cutânea após manusear plantas ou frutas que contêm essas substâncias e passar algum tempo no sol, mas aqueles que o fazem podem experimentar reações cutâneas sérias.

As substâncias que causam fitofotodermatite, principalmente as chamadas furocumarínicas, estão presentes em algumas plantas e vegetais (”erva-de-são-joão”, aipo, coentro, cenoura, erva-doce, salsa e nabo) e nos sucos de algumas frutas, como figo, limão, lima, laranja, tangerina e outras.

O figo é a mais perigosa delas, pois costuma causar bolhas. Alguns produtos que contenham furocumarínicas, como perfumes, por exemplo, também podem se tornar igualmente perigosos. Por isso, sol e perfume também são uma associação que não combina.

As substâncias furocumarínicas são absorvidas pela pele e, no que o paciente se expõe à luz solar, ocorre uma reação química que provoca inflamação e irritação da pele. Os pacientes podem inicialmente não notar o problema, uma vez que decorrem várias horas desde a absorção para que a reação se manifeste.

A fitofotodermatite pode aparecer em qualquer idade e em pessoas sem nenhuma hipersensibilidade conhecida. A história típica sempre comporta manchas em áreas da pele que estiveram expostas ao sol, de tamanhos variados, primeiro avermelhadas e que depois escurecem, tornando-se amarronzadas, de formatos variados e bizarros, bem delimitadas, acompanhadas por ardência ou coceira e as vezes seguidas de vesículas e bolhas. Embora essas manchas sejam mais comuns da mãos, braços e pernas podem também aparecer no tronco sob a forma de dedos quando a pessoa é tocada por outras com as mãos "contaminadas" (marido, esposa, namorado(a), pais, filhos, etc).

Algumas pessoas reconhecem a natureza do problema que têm e já trazem o diagnostico pronto: “estou com manchas de limão", dizem. Outras nem suspeitam do que se trata e precisam relatar uma história mais detalhada ou serem interrogadas sobre ela. O diagnóstico é feito sem dificuldades a partir da história e da ectoscopia das manchas. Em geral o paciente relata que durante uma exposição ao sol, na praia, por exemplo, esteve mexendo com uma fruta cítrica e que as manchas na pele surgiram no dia seguinte.

Inicialmente, na fase inflamatória da pele, em que há vermelhidão, coceira e ardor, o tratamento deve se feito com cremes de corticoides. A seguir, quando se formam manchas escuras (hipercromias) é preciso usar um despigmentador para corrigir as manchas. O uso do filtro solar é imprescindível. Nunca estoure as bolhas eventualmente formadas para não criar portas de entrada para infecções!

Para prevenir a fitofotodermatite deve-se evitar contato com frutas cítricas ou perfumes antes ou durante a exposição ao sol. Proteger com filtro solar o local que eventualmente tenha tido contato com o sumo das frutas inculpadas.

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