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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Cintilografia de tireoide


A cintilografia da tireoide é um exame destinado a avaliar o funcionamento ou lesões da glândula tireoide. Consiste em tomar uma substância radioativa que tem afinidade pela tireoide e cuja captação, por um equipamento denominado gama câmara, gera imagens que permitem a avaliação desejada.

O exame pode ser chamado de cintilografia da tireoide com iodo, pois o Iodo 123 ou 131 faz parte da substância tomada pelo paciente. A cintilografia com captação também pode ajudar a avaliar a quantidade de iodo que a tireoide captou após a injeção da mistura radioativa, dando assim uma ideia do seu funcionamento, no sentido de hipo ou hipertireoidismo.

A glândula tireoide é formada por um grande número de folículos, por essa razão ela possui células tireoidianas foliculares, que produzem os hormônios tireoidianos (T3 e T4) a partir de aminoácidos e iodo, presentes no sangue. Ou seja, as células da tireoide captam substâncias no sangue para produzirem seus hormônios. E é com base nisso que se realiza o exame de cintilografia.

A cintilografia da tireoide trabalha com radiofármacos que possuem afinidades por essa glândula. Pois bem, a glândula possui afinidade principalmente com o iodo, sendo assim, a cintilografia da tireoide é realizada principalmente com o elemento Iodo. O primeiro utilizado foi o Iodo 131. Ele, porém, emite uma dose alta de radiação e tem meia-vida longa, de oito dias. Outra alternativa é o Iodo 123, que emite doses menores de radiação e sua meia-vida é de somente 13 horas. No entanto, as imagens geradas pelo Iodo 123 são de pior qualidade. Seu custo também é mais elevado.

Também o Tecnécio 99m é captado pela tireoide e pode ser usado para produzir imagens de boa qualidade e, ademais, emite baixas doses de radiação. Por isso, hoje em dia, a maioria dos exames é realizada com o Tecnécio 99m.

O preparo para o exame consiste em evitar alimentos, medicamentos, produtos químicos e exames médicos que contenham ou utilizem iodo, segundo orientação médica. A cintilografia da tireoide pode ser feita em apenas um dia ou em dois dias. Quando é feito em apenas um dia, utiliza-se o tecnécio radioativo injetado pela veia e as imagens podem ser colhidas 20 minutos depois. No total, o exame costuma durar de 1 a 2 horas.

Quando o exame é feito em dois dias, no primeiro dia o paciente ingere a mistura com iodo 123 ou 131 ou a mistura é injetada na veia. Em seguida, são obtidas imagens da tireoide após 2 horas e após 24 horas do início do procedimento. Durante esse intervalo o paciente pode voltar às suas atividades diárias normais.

Os riscos do exame são mínimos e relacionados apenas à probabilidade de reação adversa ou alérgica aos medicamentos utilizados, não se observando nenhuma reação grave que necessite de hospitalização ou cause sequela para a saúde.

Mulheres grávidas não devem fazer cintilografia da tireoide porque a radiação envolvida é danosa para o feto. As que estejam amamentando devem suspender a amamentação por dois dias, pelo menos, após o exame.

O exame de cintilografia da tireoide serve como avaliação funcional da glândula tireoide, localização de tecido tireoidiano ectópico, avaliação de massas cervicais ou retroesternais e planejamento terapêutico com o Iodo 131, quando for o caso.

Serve também como procedimento auxiliar no diagnóstico de (1) tireoide ectópica (glândula localizada fora do seu local normal), (2) tireoide mergulhante (glândula aumentada, invadindo o tórax), (3) nódulos da tireoide, (4) hipertireoidismo, (5) hipotireoidismo, (6) tireoidite subaguda, (7) câncer da tireoide, etc.

Juntamente com esse exame o médico também pode avaliar os hormônios da tireoide, por meio de exames de sangue e pedir uma biópsia da glândula.

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