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sábado, 20 de agosto de 2016

Doença de Lyme


A doença de Lyme é uma doença infecciosa transmitida por carrapatos. Ela recebeu esse nome por conta dos diversos casos que ocorreram em 1997, na cidade de Lyme, em Connecticut (EUA).

A doença de Lyme é causada pela bactéria "Borrelia burgdorferi", cuja transmissão se dá por meio de carrapatos. São eles que carregam essas bactérias e que podem transmiti-las para os seres humanos por meio de picadas. A doença de Lyme é mais comum nos Estados Unidos e em algumas regiões central e leste da Europa, bem como o sudeste da Escandinávia e ao norte do Mediterrâneo, em países como Itália, Espanha e Grécia.

A doença de Lyme é transmitida por carrapatos marrons que aderem à pele, por 36 a 48 horas no mínimo, de onde sugam o sangue do hospedeiro. Os locais preferidos do corpo pelos carrapatos são axilas, couro cabeludo e virilha. Quanto menor o carrapato, maiores são as chances de eles transmitirem a doença de Lyme, pois são mais difíceis de serem detectados. Quando são transmitidas, as bactérias entram na pele através da picada e invadem a corrente sanguínea, espalhando-se pelo corpo.

Normalmente, a doença de Lyme causa uma vasta gama de sintomas, na dependência da fase de infecção, os quais incluem febre, erupção cutânea, paralisia facial e artrite. Esses sintomas costumam variar muito de pessoa para pessoa e são muito comuns em outras condições de saúde e por isso o diagnóstico pode ser difícil de ser feito.

De 3 a 30 dias após a picada do carrapato aparece febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga, dores musculares e articulares, inchaço dos gânglios linfáticos, eritema migrans, que se expande gradualmente até 30 centímetros de diâmetro ou mais. O paciente pode sentir a região afetada quente ao toque, mas raramente sente coceira ou dolorimento. Essa erupção pode aparecer em qualquer área do corpo.

Dias ou meses após a picada do carrapato podem surgir novos sintomas, como fortes dores de cabeça e rigidez do pescoço; erupções adicionais em novas áreas do corpo; artrite com dor intensa e inchaço nas articulações, especialmente em grandes articulações como o joelho, por exemplo; paralisia facial; dor intermitente em tendões, músculos, articulações e ossos; palpitações; tontura ou falta de ar; inflamação do cérebro e da medula espinhal; dores, dormência ou formigamento nas mãos ou pés e problemas de memória.

A doença de Lyme é diagnosticada com base nos sinais e sintomas que produz e na história de possível exposição a carrapatos infectados. Contudo, os sinais e sintomas costumam variar muito de pessoa para pessoa e são muito comuns a outras condições de saúde, por isso o diagnóstico pode ser difícil. Além disso, há outras doenças que também podem ser transmitidas por carrapatos. Exames de sangue feitos em laboratórios com métodos adequados podem ajudar a confirmar o diagnóstico. Esses testes visam identificar anticorpos para as bactérias causadoras da doença e são mais confiáveis algumas semanas após a infecção, quando os anticorpos já estão mais formados.

A doença de Lyme normalmente é tratada com antibióticos. Os antibióticos mais comumente utilizados são a doxiciclina, a amoxicilina e a cefuroxima oral. Os pacientes com formas neurológicas ou cardíacas da doença podem requerer tratamento intravenoso. Os sintomas podem durar cerca de seis meses ou mais, mas a maioria dos pacientes se recupera dentro de algumas semanas, quando corretamente tratados.

Os doentes tratados com antibióticos apropriados nas fases iniciais da doença de Lyme, normalmente se recuperam rapidamente e completamente.

A melhor maneira de prevenir-se contra a doença de Lyme é reduzir ou evitar a exposição a carrapatos. Os carrapatos já aderidos à pele devem ser removidos rapidamente, mas de forma correta, para não injetarem uma quantidade ainda maior de bactérias. A vacina contra a doença de Lyme deixou de ser produzida em 2002 porque o fabricante alegou demanda insuficiente.

Se diagnosticada nos estágios iniciais, a doença de Lyme não costuma levar a complicações e pode ser perfeitamente resolvida com antibióticos. Sem tratamento, no entanto, podem ocorrer complicações graves, tais como inflamação crônica das articulações, sintomas neurológicos, defeitos cognitivos, irregularidades do ritmo cardíaco, distúrbios do sono e da visão.


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