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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Um padrão irregular de alimentação pode colaborar para fatores de risco cardiometabólicos


O estudo dos padrões de refeição está em sintonia com as últimas pesquisas, tanto em relação ao que as pessoas comem, como a quando elas comem. A chamada crononutrição envolve estudar o impacto da nutrição sobre o metabolismo através de padrões circadianos, incluindo três aspectos do tempo: regularidade ou irregularidade, frequência das refeições e horários da alimentação.

O presente trabalho foi publicado online pelo periódico "Proceedings of the Nutrition Society" e teve como objetivo revisar pesquisas sobre padrões irregulares de refeições e suas consequências cardiometabólicas.

Foram identificados apenas alguns estudos transversais e estudos prospectivos de coorte, sendo que a maioria deles sugeriu que comer refeições de forma irregular está associado a um maior risco de síndrome metabólica e fatores de risco cardiometabólicos, incluindo índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial.

Isto foi apoiado por dois estudos de intervenção, randomizados e controlados, mostrando que o consumo de refeições regulares por duas semanas versus um padrão irregular, levou a um impacto benéfico sobre fatores de risco cardiometabólicos com menores picos de insulina e colesterol total e LDL-colesterol mais baixos em jejum, tanto em mulheres magras como em obesas.

Em conclusão, as evidências limitadas sobre a regularidade das refeições e suas consequências cardiometabólicas suportam a hipótese de que um padrão irregular de consumo das refeições está negativamente associado a risco cardiometabólico. No entanto, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos em grande escala, incluindo a avaliação dietética detalhada para avançar ainda mais na compreensão sobre o impacto da crononutrição em termos de saúde pública.



Fonte: "Proceedings of the Nutrition Society", publicação online, de 22 de junho de 2016

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