Pesquisar este blog

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ácido Fólico: algumas informações


O ácido fólico, folacina, folato, metilfolato ou vitamina B9, é uma vitamina hidrossolúvel pertencente ao complexo B.

O ácido fólico é efetivo no tratamento de certas anemias e para manter os espermatozoides saudáveis. Além disso, reduz o risco de mal de Alzheimer, pode ajudar a controlar a hipertensão arterial, evitar doenças cardíacas e derrame cerebral, e evita a queda de cabelo e as unhas quebradiças. É ainda um dos componentes indispensáveis para uma gravidez saudável, podendo ajudar a evitar a anencefalia e a espinha bífida.

Ele deve ser usado também em algumas condições de saúde em que a suplementação seja necessária, como gravidez, lactação, anemia por deficiência de folato, excesso de homocisteína e sempre que houver deficiência medida no exame de sangue.

O folato existe naturalmente em muitos alimentos e o ácido fólico é a forma sintética do folato, usada em medicamentos. O folato é normalmente encontrado em vísceras de animais, carnes de vaca e porco, folhas verdes de verduras, feijão, legumes, abacate, laranja, maçã, frutas secas, milho, ovo, queijo, grãos integrais e levedura de cervejas. Ele é armazenado no fígado e sua ingestão diária não é necessária. A insuficiência de ácido fólico nos seres humanos em condições normais é muito rara.

O folato é necessário e benéfico para numerosas funções do corpo. Entre elas, a síntese e reparação do DNA, divisão e crescimento celular, produção de novas proteínas, formação de hemácias. O ácido fólico ajuda a manter a saúde do cérebro, prevenindo problemas como a depressão; participa da formação do sistema nervoso do feto durante a gravidez; fortalece o sistema imunológico; previne anemia, por estimular a formação de células do sangue; previne câncer de cólon, por prevenir alterações no DNA das células; previne doenças cardíacas e infarto, por reduzir a homocisteína e, assim, manter a saúde dos vasos sanguíneos e controla a evolução do vitiligo.

Estima-se que cerca de 40% dos casos de depressão são causados pela diminuição de folato no organismo. Ele age como cofator na produção de serotonina, um neurotransmissor que garante a normalidade do humor. O ácido fólico contribui também para que o sistema imunológico seja fortalecido.

A eventual insuficiência de ácido fólico pode contribuir para o surgimento de anemia, especialmente em crianças, e durante a gravidez pode causar defeitos de nascença no cérebro e na coluna vertebral do bebê, já que o ácido fólico participa na formação do tubo neural no feto. Por isso, é aconselhável que a mulher grávida tome, desde o início, uma suplementação de ácido fólico.

No Brasil, há uma lei que determina que a farinha de trigo (e produtos derivados, como o pão, por exemplo) seja enriquecida com ferro e ácido fólico, para diminuir a ocorrência de anemias. Em resumo, pode-se dizer que a hipovitaminose causa anemias, anorexia, apatia, distúrbios digestivos, cansaço, dores de cabeça, problemas de crescimento, insônia, dificuldade de memorização, aflição das pernas e fraqueza. Enquanto que a hipervitaminose ocasiona euforia, excitação e hiperatividade.

Nos casos em que haja uma ingestão exagerada de ácido fólico por um longo período, pode ocorrer uma deficiência de vitamina B12, o que pode causar danos ao sistema nervoso e anemia por deficiência dessa vitamina. O álcool interfere na absorção de folato e aumenta a quantidade da vitamina eliminada pela urina. Muitos alcoólatras têm deficiência de ácido fólico uma vez que além de um consumo exagerado de álcool, frequentemente os alcoólatras têm dietas que não alcançam a ingestão diária recomendada de folato.

A suspeita pode ser feita pela análise dos sintomas e das circunstâncias de vida do paciente. O diagnóstico de certeza da falta ou do excesso de ácido fólico, no entanto, deve ser feito pela dosagem dele no sangue.

Segundo o "Institute of Medicine of the National Academies", as doses diárias recomendadas de ácido fólico são as seguintes:

•0 a 6 meses - 65mcg
•7 a 12 meses - 80mcg
•1 a 3 anos - 150mcg
•4 a 8 anos - 200mcg
•9 a 13 anos - 300mcg
•maiores de 14 anos - 400mcg
•lactantes - 500mcg
•grávidas - 600mcg

O ácido fólico é solúvel em água e por isso seu excesso é facilmente eliminado através da urina. No entanto, o uso inadequado pode causar dor no estômago, náuseas, coceira na pele e anemia e sua suplementação deve sempre ser feita com orientação médica. A deficiência de ácido fólico é assintomática, na maior parte das vezes, mas em caso de faltas graves os sintomas podem surgir.

O ácido fólico na gravidez

O ácido fólico atua na prevenção de anomalias congênitas no primeiro trimestre da gestação, tais como na prevenção primária da ocorrência de defeitos do fechamento do tubo neural, que ocorre entre os dias 18 e 26 do período embrionário. Esses defeitos são, principalmente, anencefalia e espinha bífida. O principal problema desta prevenção reside no fato de cerca de metade das gestações não serem planejadas e, assim, quando as mulheres descobrem que estão grávidas já é tarde para se fazer a suplementação com o ácido fólico e evitar tais anomalias.

De preferência, os comprimidos de ácido fólico devem ser tomados desde antes da concepção, ou seja, quando a mulher ainda não engravidou. É importante também que as mulheres em idade reprodutiva tenham uma alimentação que contenha alimentos ricos em ácido fólico e que, assim que comecem a planejar uma gravidez, comecem também a fazer uso de ácido fólico, de acordo com as orientações de seu médico.

Nenhum comentário: