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sexta-feira, 24 de junho de 2016

O que é inflamação?


Inflamação (do latim: inflammatio = atear fogo) ou processo inflamatório é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos e faz parte das defesas do indivíduo. Quando algo nocivo ou irritante afeta uma parte do corpo, há uma reação biológica de defesa que constitui os sinais e sintomas da inflamação, o que mostra que o corpo está tentando se curar.

A região inflamada fica avermelhada e quente, devido a um aumento do fluxo de sangue e demais líquidos corporais para o local. Na área inflamada também ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos) e dor localizada. Os leucócitos destroem o tecido danificado e os macrófagos digerem esse tecido e os antígenos.

Inflamação nem sempre significa infecção. A infecção é causada por um agente biológico infeccioso (bactéria, vírus, fungo, etc.), enquanto que a inflamação é a resposta do corpo a ele.

A inflamação acontece quando o organismo combate uma infecção ou lesão que o atinge. Ela faz parte da ação do sistema imunológico do corpo e é uma reação do organismo ao procurar livrar-se do estímulo nocivo.

A inflamação faz parte das defesas do organismo e deflagra uma resposta inespecífica contra uma agressão. Como processo natural, ela se contrapõe à imunidade adquirida, em que o sistema imune se volta contra agentes agressores específicos, como nas vacinas, por exemplo. Nesse caso, o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.

Nas reações inflamatórias, os neutrófilos e macrófagos migram dos vasos sanguíneos para o tecido inflamado e então removem os agentes patológicos através da fagocitose e/ou da granulação. Em virtude da agressão tecidual, seguem-se dilatações dos capilares, mediadas pela histamina, e um aumento localizado e imediato da irrigação sanguínea, o que se traduz num halo avermelhado em torno da lesão. Os neutrófilos e macrófagos, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem substâncias químicas de combate à infecção. Também o sistema de coagulação do sangue e as plaquetas são ativados, visando conter possíveis sangramentos.

Enfim, estes fatores, e ainda outros, atuam em conjunto para levar aos eventos da inflamação: aumento do calibre dos capilares, produzindo hiperemia (pelo maior afluxo de sangue), aumento da temperatura local; edema, que ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular; dor, causada primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas das substâncias liberadas durante o processo inflamatório; hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas prostaglandinas e pela bradicinina e, em parte, pela compressão relacionada ao edema.

A inflamação pode ser de dois tipos principais:

(1) aguda, que se instala rapidamente, após um acidente, por exemplo; ou
(2) crônica, que se instala de forma lenta e insidiosa, como, por exemplo, nas doenças reumáticas.

A diferença clínica entre a inflamação aguda e a crônica, além do tempo, está na intensidade dos sintomas e no tempo que a inflamação leva para ser curada.

Na inflamação aguda, os sinais típicos da inflamação, como calor, vermelhidão, inchaço e dor estão sempre presentes; na inflamação crônica, por sua vez, os sintomas não são tão específicos. Esta classificação nada diz a respeito da gravidade do processo, mas apenas se refere à sua velocidade de instalação.

A inflamação se caracteriza ainda, além dos seus sintomas cardinais, pela eventual perda de função da parte afetada. Além disso, podem surgir outros sinais e sintomas, na dependência do local e da natureza da inflamação, como glândulas inchadas, febre e liberação de líquidos. As doenças autoimunes geralmente assumem uma característica inflamatória, com manifestações clínicas diversas, de acordo com o tecido ou sistema afetado.

Existem medicamentos anti-inflamatórios hormonais e não hormonais capazes de interferir no processo reacional de defesa do organismo de modo a minimizar a agressão dos próprios tecidos frente ao agente agressor e dar maior conforto ao paciente. Os anti-inflamatórios hormonais, também conhecidos como corticoides ou corticoesteroides, são agentes inibidores da produção das prostaglandinas e dos leucotrienos. Os anti-inflamatórios não hormonais também inibem a produção de prostaglandinas, mas não interferem com a geração de leucotrienos.

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