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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Marcapasso


O marcapasso é um aparelho que, implantado em portadores de diversas doenças do coração, tem a função de corrigir os defeitos do ritmo cardíaco, podendo aumentá-lo, diminuí-lo ou estabilizá-lo, conforme o caso. Quase sempre, no entanto, o marcapasso é projetado para tratar um ritmo cardíaco lento.

Os marcapassos tiveram um grande avanço nos últimos anos e atualmente existem muitos modelos diferentes, aplicáveis para as diferentes necessidades clínicas do paciente. O marcapasso é implantado debaixo da pele e conectado ao coração através de um ou mais eletrodos.

Um marcapasso é um dispositivo de estimulação elétrica composto de três partes:

1.Um gerador e emissor de impulsos elétricos
2.Um ou dois eletrodos
3.Um programador

Duas delas, o emissor de impulsos e o cabo-eletrodo, são colocadas dentro do corpo. A terceira parte, o programador, é mantida em um hospital ou clínica, onde um enfermeiro ou médico usa um computador especializado para ver como o marcapasso está trabalhando e para ajustar a sua configuração.

O marcapasso é uma pequena caixa metálica que contém circuitos eletrônicos e uma bateria. Ele monitora o coração continuamente e envia um impulso elétrico regular para marcar o compasso do coração quando seu próprio ritmo é interrompido, está irregular ou é muito lento. O eletrodo é um fio isolado que transporta o minúsculo pulso elétrico desde o emissor de impulsos (marcapasso, propriamente dito) ao coração, para regular o ritmo cardíaco. As três partes trabalham juntas para ajustar o ritmo cardíaco, principalmente um ritmo muito lento.

Os geradores de impulsos do marcapasso têm, de modo geral, uma duração estimada em seis a oito anos, podendo este tempo ser aumentado com a reprogramação do sistema.

Hoje em dia os marcapassos incorporam funções capazes de devolver ao paciente que necessita deles uma condição de vida muito próxima a de um indivíduo “normal”. O marcapasso tem o objetivo de regular os batimentos cardíacos através de estímulos elétricos emitidos pelo dispositivo, especialmente quando o número de batimentos está abaixo do normal, por algum problema na condução do estímulo natural do coração pelos seus tecidos.

Normalmente trata-se de um procedimento eletivo, agendado previamente. O tempo de internação é de apenas um dia, para os casos não complicados. Um marcapasso definitivo é implantado através de uma cirurgia realizada com anestesia local e sedação complementar, conforme a condição clínica do paciente, a qual é geralmente muito segura.

Uma incisão é feita abaixo da clavícula, próximo ao ombro, onde se realizará a cirurgia. Os eletrodos são posicionados em locais pré-definidos e guiados através de imagens de radioscopia, vistas em tempo real em um monitor. O médico os coloca no átrio e no ventrículo direitos do coração. As pontas terminais dos eletrodos estabelecem contato com o músculo cardíaco e assim transmitem o impulso elétrico que estimula as batidas do coração. As outras extremidades são conectadas à unidade geradora e emissora dos impulsos, às vezes chamada de “gerador”, o qual contém baterias e circuitos eletrônicos. Esta unidade é colocada debaixo da pele, na parte superior do tórax.

Os eletrodos são passados por uma veia na região torácica e por esta navega até atingir as câmaras adequadas do coração. Podem ser necessários até três eletrodos, porém usualmente utilizam-se dois e, mais raramente, um só. Estes eletrodos são fixados na camada interna do coração (o endocárdio), num procedimento que é indolor.

A seguir, são realizadas medidas de impedância, de resistência e limiares elétricos e se a área for considerada boa, os eletrodos são fixados e acoplados ao gerador. A pequena abertura na pele é fechada por pontos intradérmicos reabsorvíveis, dispensando a necessidade da retirada deles e deixando uma cicatriz quase invisível.

O paciente pode ficar no hospital de um a três dias após a cirurgia, na dependência de cada caso. Antes da alta hospitalar, é feita uma análise computadorizada do sistema, para se obter um ponto basal após o implante. Como preparo, o paciente deve planejar antecipadamente como será a sua vida e atividades durante o período de recuperação da operação. O médico deve explicar ao paciente como o fato de portar um marcapasso afetará seu estilo de vida e dar-lhe informações gerais sobre os cuidados e controles futuros e de qual será a duração estimada do marcapasso.

De um modo geral, o implante de marcapasso é um procedimento seguro, mas há a possibilidade de que o eletrodo perfure um dos pulmões ou a veia por onde ele é introduzido ou uma cavidade do coração. Como qualquer dispositivo elétrico ou mecânico, o marcapasso pode deixar de funcionar corretamente. O fio eletrodo pode vir a se “fraturar” e haver necessidade de sua substituição.

Alguns problemas cardíacos, conforme o caso, podem piorar apesar da correção do ritmo. Existem riscos de infecção e também de sangramento. A anestesia geral, em princípio, tem mais riscos do que a anestesia local, mas a anestesia local pode não ser suficiente para retirar toda a sensação de dor no local do implante, levando a um desconforto.





Fonte: ABC MED

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