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sábado, 5 de setembro de 2015

Chulé


Chulé é o mau cheiro característico nos pés (cheiro de queijo ou ovo estragado), conhecido por todas as pessoas por ser uma ocorrência praticamente universal. Nem todo mundo tem chulé na mesma intensidade, porque ele depende tanto da quantidade do suor em cada pessoa, o que é uma característica individual, como da maior ou menor proliferação das bactérias presentes nos pés.

Em si mesmo, o suor é inodoro. No entanto, quando degradado pela ação de bactérias, ele emite partículas que provocam o mau odor típico. Quando isso acontece nos pés, tem-se o mau cheiro a que se chama chulé. Esse mau cheiro é favorecido se os pés passam muito tempo cobertos por sapatos ou botas fechados.

As mãos têm quase a mesma quantidade de glândulas sudoríparas que os pés, mas a não ser que a pessoa passe o dia de luva, não exala os mesmo odores que os pés, porque é mais higienizada e ventilada do que eles.

Algumas pessoas suam tanto nos pés que ficam com as meias encharcadas, mesmo se passam o dia sentadas ou em repouso. Quando há pouca ventilação nos pés, o chulé é inevitável. Alguns alimentos podem mudar a composição do suor, favorecendo o chulé, como alho, cebola, álcool, molho curry e pimenta e o mesmo efeito podem ter alguns medicamentos como, por exemplo, a penicilina.

Pacientes obesos, diabéticos, fumantes ou com doenças de pele ou das unhas também podem apresentar mais chulé que as demais pessoas.

A função das glândulas sudoríparas é manter a pele úmida e flexível e regular a temperatura do corpo. Há mais glândulas sudoríparas nos pés do que em qualquer outro lugar do corpo e, ao contrário das glândulas em outras partes do corpo, as localizadas nos pés secretam o tempo todo e não apenas em resposta ao calor ou ao exercício.

Por isso, o chulé é mais ou menos independente das situações climáticas. No entanto, a umidade favorece a atuação das bactérias e acentua o chulé. Como certas alterações hormonais e o estresse podem causar maior suor nos pés, os adolescentes, as grávidas e as pessoas estressadas são especialmente propensos.

Existem palmilhas destacáveis que têm efeito desodorizante. Há meias impregnadas com produtos químicos que procuram eliminar as bactérias que decompõem o suor e algumas meias esportivas têm ventilação para ajudar a manter os pés secos. Os pés suados podem ser tratados com uma esfoliação, que reduz a proliferação bacteriana.

O paciente deve aplicar talcos, polvilhos, cremes e sprays antissépticos e antitranspirantes. O “pé de atleta” e as micoses de unha também podem causar mau cheiro nos pés, mas isso pode ser tratado com antifúngicos.

O chulé pode ser evitado com medidas simples, mas que requerem uma rotina constante e diária.

A pessoa deve manter seus pés sempre limpos e secos, lavando-os todos os dias e aplicando neles produtos medicamentosos ou caseiros, que tenham ação bacteriostática ou bactericida.

Usar um polvilho ressecante e procurar não usar os mesmos sapatos todos os dias, secando-os ao sol antes de reutilizá-los, também pode ajudar a prevenir o chulé.

As meias de lã ou de algodão devem ser preferidas às sintéticas (de nylon, por exemplo) e devem ser trocadas todos os dias ou sempre que necessário.

Um desodorante spray ou antiperspirante pode ser usado nos pés e um algodão embebido em álcool pode ser aplicado entre os dedos.

No verão, a pessoa deve usar sandálias abertas ou andar descalço dentro de casa, se sentir segurança para isso. Devem ser evitados sapatos de plástico ou abafados e meias sintéticas, pois eles não deixam os pés ventilarem bem.

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