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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Desvios da coluna



A coluna vertebral é composta por 33 vértebras que são unidas por determinados componentes, como os discos intervertebrais e ligamentos, por exemplo.

Ela estende-se do crânio até a parte mais alta do cóccix. No adulto, o comprimento da coluna pode variar de 72 a 75 centímetros.

Na postura padrão, a coluna não é um empilhamento correto de vértebras, mas consta de quatro curvaturas côncavas e convexas, no sentido ânteroposterior e lateral, nas regiões cervical, torácica, lombar e sacra, adequadamente dispostas para sustentar eretamente o corpo, permitir a locomoção e o bom funcionamento dos órgãos respiratórios, equilibrar a cabeça e proteger a medula espinal.

A postura é correta quando o eixo da coluna vertebral encontra-se em harmonia com o corpo e diz-se que há desvio de coluna quando ocorre uma alteração no alinhamento da coluna vertebral.

Os tipos principais de desvios de coluna são cifose, lordose e escoliose.

Cifose corresponde à situação que é popularmente chamada “corcunda”, caracterizada pelo aumento anormal da curvatura torácica posterior; lordose é o aumento da curvatura anterior na região lombar e a escoliose (do grego skolios = torto) é caracterizada pelo desvio da curvatura lateral da coluna, que pode ser chamado de cervical, cervicotorácica, torácica, toracolombar, lombar ou lombossacra, conforme esteja localizado o ápice da curvatura.

As principais causas de desvios anormais da coluna são anomalias congênitas, processos patológicos que afetem as vértebras, hábitos viciosos de postura e traumatismos, mas eles podem também ter causas desconhecidas (idiopáticas).

A cifose torácica pode ser causada por osteoporose, osteocondrose espinhal, erros posturais e traumas, ou ser multifatorial, envolvendo mais de uma dessas causas.

A lordose em geral surge para compensar deformidades de quadril, principalmente em decorrência da obesidade.

Em mulheres, a curvatura pode ainda ser aumentada pelo uso excessivo do salto alto, práticas frequentes de dança como o balé ou na gravidez.

A escoliose é idiopática na maioria das vezes e pode ser originada na infância, na fase juvenil ou na adolescência, mas também pode ser decorrente de miopatias, osteopatias, alterações funcionais ou posturais.

Pode haver cifose e lordose ao mesmo tempo, devidas a movimentos compensatórios de adaptação ou associação da cifose com a escoliose (cifoescoliose), normalmente por doença congênita.

Alguns desvios de coluna são assintomáticos.

Quando há sintomas, eles dependem da causa, localização e intensidade do desvio.

O maior e mais chamativo sintoma é a dor, principalmente nas costas ou na nuca.

Podem ocorrer deformações esqueléticas compensatórias, o que acaba por sobrecarregar as articulações, provocando um maior esforço e alterando a eficiência das suas funções.

Os desvios de coluna habitualmente são de instalação lenta e podem causar alterações da sensibilidade e rigidez da coluna.

Quando há uma enfermidade subjacente tem-se de contar também com os sintomas dessa enfermidade.

Os desvios de coluna podem ser diagnosticados através das queixas dos pacientes, do exame clínico, que detectará uma curvatura anormal da coluna vertebral, exame neurológico e do exame radiográfico.

O exame neurológico evidenciará se a pessoa apresenta sinais e sintomas nessa área, decorrentes de compressões nervosas, como alteração da sensibilidade, dos reflexos e da função motora ou do equilíbrio, dor, adormecimento, sensação nas extremidades, espasmo muscular, alterações nos intestinos e/ou na bexiga.

O exame radiográfico permitirá identificar a existência de desvios e medir o alinhamento das curvaturas da coluna, as quais podem ser medidas, entre outras maneiras, pelo método de Cobb, conhecido dos especialistas.

Ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas e cintilografias ósseas podem complementar o diagnóstico.

Os tratamentos dos desvios de coluna dependem das suas causas, da idade do paciente e das eventuais deformidades vertebrais.

Nos casos não cirúrgicos são indicados exercícios físicos, fisioterapia, estimulação elétrica, sapatos com salto e sola especiais e/ou o uso de coletes.

A intervenção cirúrgica é indicada para pacientes adultos, em casos especiais, por motivos funcionais, estéticos ou dolorosos e realizada normalmente em situações em que a curvatura é maior que 80 graus.

Quando o desvio é causado pela obesidade, a perda de peso é necessária para a correção ser mais eficaz.

Os desvios anormais da coluna podem ser prevenidos se a pessoa fizer exercícios físicos regulares, alongamentos e mantiver uma postura correta desde a infância.

Os adultos devem evitar o sedentarismo e a obesidade e também cuidar dos hábitos posturais.

É importante, principalmente para as mulheres, cuidarem da prevenção da osteoporose.

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