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sábado, 25 de julho de 2015

Embolia gasosa


Fala-se em embolia gasosa sempre que há uma bolha de ar aprisionada em um vaso sanguíneo. A embolia tanto pode ser arterial (embolia arterial) como venosa (embolia venosa), mas em ambos os casos é uma ocorrência rara.

A embolia gasosa venosa geralmente é iatrogênica, causada pela circulação extracorpórea ou por outras intervenções intravasculares. Ela pode acontecer de várias maneiras, tais como injeções e procedimentos cirúrgicos ou a introdução de ar através de uma seringa ou cateter.

Nas cirurgias cerebrais quase sempre ocorrem embolias gasosas, no entanto, os médicos conseguem detectá-las e corrigi-las antes que elas se tornem um problema mais sério.

Outra situação em que pode ocorrer a embolia gasosa é a “síndrome de descompressão”, que ocorre quando um mergulhador retorna muito rapidamente à superfície. A embolia aérea pode também ocorrer se houver trauma no pulmão ou através de lesões devidas a uma explosão.

Uma embolia gasosa pode ocorrer se as veias ou artérias são expostas e a pressão força o ar a penetrar nelas. Outro mecanismo ocorre nos mergulhos: os cilindros com ar comprimido levam oxigênio e nitrogênio. O corpo usa o oxigênio, mas o nitrogênio é dissolvido no sangue, onde permanece durante o mergulho.

Quando a pessoa nada rapidamente de volta à superfície, a pressão da água em torno diminui e se essa transição ocorre muito rapidamente, o nitrogênio não tem tempo para ser eliminado do sangue, então forma bolhas no interior de tecidos e do sangue, causando embolismo. Esta é a chamada doença de descompressão.

Quando se desloca ao longo de uma artéria, o êmbolo gasoso passa a vasos cada vez mais estreitos, até bloquear uma artéria pequena e cortar o fornecimento de sangue a uma área específica do corpo. As embolias venosas de ar podem causar a morte, se uma grande bolha de gás atingir o coração e impedir que o sangue flua do ventrículo direito para os pulmões.

Pequenas quantidades de ar arterial podem causar morte por obstrução das artérias coronárias ou cerebrais. Uma embolia aérea nas artérias do cérebro pode causar perda imediata dos sentidos, convulsões ou acidente vascular cerebral.

Os sintomas de uma embolia aérea podem variar desde nenhum sintoma até a morte e podem incluir dificuldade em respirar ou insuficiência respiratória; dor no peito ou insuficiência cardíaca; acidente vascular cerebral; alterações mentais, como confusão; pressão arterial baixa e pele azulada.

Os principais sintomas da doença de descompressão incluem dor nas articulações, tonturas, fadiga extrema, formigamento ou dormência, fraqueza nos braços ou pernas, erupções cutâneas e perda de consciência ou paralisias, em casos graves.

A suspeita da embolia gasosa deve partir dos sintomas e de algo que tenha acontecido que possa causar essa condição. O médico pode usar equipamentos que monitoram os sons das vias aéreas e do coração, taxa de respiração e pressão arterial para detectar embolias de ar durante as cirurgias. Uma ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ajudar a determinar onde se localiza a embolia.

O tratamento para a embolia gasosa visa três objetivos:

1.Paralisar a fonte da embolia.
2.Impedi-la de danificar órgãos do corpo.
3.Aplicar técnicas de ressuscitação, se necessário.

O médico pode pedir ao paciente que se assente, para ajudar que a embolia não se desloque para o cérebro, coração e pulmões. Se possível, o médico irá remover a embolia aérea através de uma cirurgia. Outra opção de tratamento é a terapia de oxigênio hiperbárico (pressão maior que o normal). Este procedimento pode fazer uma embolia aérea encolher e ser absorvida na corrente sanguínea.

Grandes embolias gasosas podem causar acidentes vasculares cerebrais ou ataques cardíacos e serem fatais.

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