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sábado, 2 de maio de 2015

Rouquidão


Rouquidão (ou disfonia) é a mudança aguda (de curta duração) ou crônica (de longa duração) no tom da voz, em geral para um tom mais áspero, o que por vezes resulta em falta de clareza do som emitido.

A rouquidão é dita funcional quando se deve a um uso excessivo ou inadequado da voz e orgânica quando se deve a alterações do aparelho fonador.

Na verdade, o termo disfonia, embora usado neste sentido, não é totalmente adequado, uma vez que disfonia faz referência a toda e qualquer dificuldade na emissão vocal e não somente à rouquidão.

A voz é produzida quando o ar expelido pelos pulmões passa pelas cordas vocais, provocando a vibração delas.

O tom da voz varia de acordo com fatores como sexo, idade, inervação, tônus muscular, etc. O som que produz a voz é amplificado na faringe, boca e nariz e articulado na cavidade oral.

As cordas vocais ficam localizadas na laringe, tubo que comunica a traqueia com a cavidade oral.

Quando o ar que sai dos pulmões passa por elas, faz vibrar essas pregas, produzindo o som que se tornará a voz normal.

A rouquidão é, então, consequência de um mau funcionamento da laringe e, na grande maioria das vezes, acontece por alterações das cordas vocais, mas sua causa pode também se localizar nas estruturas próximas.

A rouquidão pode ter diversas causas, algumas simples e outras graves. Entre elas contam-se o refluxo gastresofágico, alergias, viroses, inalação de substâncias irritantes, câncer da garganta, tosse persistente, infecções das vias aéreas superiores, fumo e álcool em excesso, abuso da voz, aneurismas da aorta, broncoscopia, danos aos nervos ligados à voz, objeto estranho na traqueia, hipotireoidismo, nódulos nas cordas vocais e fraqueza dos músculos em torno da laringe. Entre as causas comuns de rouquidão aguda, a mais frequente é a laringite aguda, acompanhada ou não de tosse.

Fisiologicamente, pode haver uma rouquidão quando das mudanças de voz na puberdade.

O principal sinal e sintoma da rouquidão é um tom mais áspero e mais baixo da voz, por vezes tornando-a quase inaudível.

Frequentemente, ela é acompanhada de outros sintomas devidos à situação causal, como dores de garganta, febres, etc. Em alguns casos, ela é a primeira e única manifestação de uma doença.

Assim, a rouquidão pode ser um sintoma inicial de doenças simples, mas pode também indicar doenças graves, como o câncer da laringe, por exemplo.

Geralmente, a rouquidão é um problema transitório, mas se for de longa duração e continuar por semanas ou meses, deve ser vista como um sinal de alerta e ser cuidadosamente investigada.

O diagnóstico da rouquidão é clinicamente evidente, mas a determinação de suas causas exige exames específicos e uma observação direta das cordas vocais por meio do laringoscópio para identificar eventuais lesões que possam estar presentes. Um exame ainda mais minucioso pode ser feito através da nasofibrolaringoscopia.

Em casos de moléstias graves, quanto mais precoce for feito o diagnóstico, melhores serão as chances de cura.

Nos casos de rouquidão funcional, o principal tratamento é a fonoterapia. O repouso da voz é sempre indicado. Nos casos de rouquidão orgânica, deve-se tratar a causa subjacente.

Quase sempre ela será tratada com medicações, mas certos casos demandarão cirurgia.

Nas situações que podem causar rouquidão, ela pode ser evitada ou minimizada por algumas providências como evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, moderação no consumo de café, não praticar a automedicação, beber bastante líquido, evitar ambientes poluídos e evitar excessos no uso da voz, como gritar ou alterar o padrão de voz.

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