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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ptose palpebral


A ptose palpebral é a queda uni ou bilateral da pálpebra superior a partir de sua posição normal.

Com isso, a pálpebra superior encontra-se constantemente cobrindo o olho mais do que o normal. Além do comprometimento estético, a ptose palpebral pode diminuir o campo de visão.

A ptose palpebral pode ser congênita ou adquirida.

A ptose palpebral congênita, em que a criança já nasce com ela, é, em geral, a uma distrofia do músculo elevador da pálpebra ou a uma paralisia do nervo.

A ptose palpebral adquirida, em que a queda da pálpebra ocorre após o nascimento, pode dever-se a um processo evolucional ou senil, a miopatias diversas, inclusive miastenia gravis ou, ainda, ter origem neurogênica, traumática ou mecânica.

A causa mais comum da ptose palpebral é a desinserção do tendão do músculo elevador da pálpebra da calha tarsal. Isso faz com que toda a pálpebra caia, mas o movimento da pálpebra fica preservado.

A ptose pode também resultar de uma atividade reduzida dos músculos que elevam as pálpebras.

Os sinais e sintomas da ptose palpebral dependem da intensidade da queda da pálpebra e ela tanto pode ser assintomática como causar dificuldades visuais, peso sobre os olhos e ambliopia (olho preguiçoso).

Frequentemente o paciente é levado a adotar uma posição anômala da cabeça na tentativa de enxergar melhor e muitas vezes tenta compensar a queda da pálpebra por meio da contração da musculatura frontal, elevando os supercílios e produzindo sulcos horizontais na fronte e/ou testa.

Quando a pálpebra fica abaixo da pupila, a ptose palpebral pode impedir a integridade da visão. A ptose involucional ou senil ocorre principalmente a partir dos 60 anos de idade.

Muitos casos de ptose podem ser diagnosticados clinicamente. Vários sinais e manobras são utilizados pelo especialista para reconhecer o tipo de ptose.

Contudo, os exames de imagens são importantes para detectar patologias que possam estar associadas ao quadro, como aneurismas, tumores ou outras anormalidades estruturais.

Exames de sangue ou biópsias musculares podem ser úteis, dependendo dos sintomas adicionais.

Deve-se avaliar também o tipo de evolução, já que ela pode ajudar a esclarecer o tipo de ptose.

O tratamento depende da sua causa.

Muitas vezes a ptose melhora com o tratamento das condições subjacentes.

Quando a ptose palpebral não é uma manifestação transitória, o tratamento é cirúrgico e pode ser feito por motivos estéticos, funcionais (quando há interferência na visão do paciente), ou por ambos, o que é mais comum.

A cirurgia palpebral nos adultos é realizada sob anestesia local.

Na ptose palpebral congênita, a cirurgia deve ser realizada precocemente quando existir risco de ambliopia devido à queda acentuada da pálpebra.

Normalmente, o pós-operatório da correção da ptose palpebral é muito simples.

A correção cirúrgica está contraindicada nos casos em que a ptose for transitória, devida a doenças sistêmicas.

As ptoses palpebrais secundárias a enfermidades sistêmicas normalmente cedem quando estas são curadas. As correções cirúrgicas geralmente são bem sucedidas. Outras podem não ter correções.

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