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sábado, 25 de abril de 2015

Luxação de patela


A patela (ou rótula) é um osso de formato triangular que fica localizado na frente do joelho, cobrindo e protegendo a superfície dessa articulação.

Chama-se luxação da patela a situação em que ela, por qualquer motivo, sofre um deslocamento de sua posição normal, geralmente lateral, com grande prejuízo funcional.

Ocorre, então, a perda da relação anatômica normal entre o sulco femoral distal e esse osso, normalmente relacionados. A luxação da patela é uma ocorrência pouco frequente.

São muitos os motivos para que a patela sofra luxação.

Pode acontecer, por exemplo, em virtude de traumatismos, torções do joelho, genovalgo (pernas em "X"), alterações ósseas do fêmur ou da própria patela, distúrbios musculares que afetem a patela, etc.

Este deslocamento pode ser facilitado por fatores como patologias do joelho, idade, sexo (as luxações não traumáticas de patela são mais comuns nas mulheres), tipo de atividades rotineiras, etc.

Quase sempre a etiologia é traumática — apesar de que, às vezes, o trauma é mínimo ou apenas uma torção do joelho, mas pode também dever-se a um trauma violento, em pacientes com estruturas óssea, capsular e ligamentar íntegras. É o que costuma acontecer a atletas.

Nesses casos, geralmente ocorre ruptura do ligamento patelo-femoral medial, que estabiliza a articulação e a patela desliza para um dos lados do joelho.

O episódio agudo de luxação da patela pode gerar grande dor, inchaço, presença de sangue na articulação, incapacidade de andar e intenso desconforto.

A dor é proveniente do contato entre a patela e o fêmur, na denominada síndrome fêmoro-patelar, mais comum nas mulheres, tanto como consequência de um desequilíbrio muscular quanto da própria anatomia constitucional do membro inferior.

Após um primeiro episódio, o paciente se sente inseguro para realizar determinadas atividades, pode sentir um falseio ao andar e ter medo de que a patela "saia novamente do lugar", o que eventualmente pode ocorrer, gerando uma luxação recorrente.

Com o passar do tempo, atividades e movimentos simples que envolvam o joelho, como dançar, por exemplo, podem causar uma nova luxação.

Uma subluxação, com traumas mínimos e com redução espontânea, pode ocorrer com frequência e gera grande insegurança para o paciente.

Nelas, os pacientes geralmente já apresentavam alterações articulares pré-existentes como, por exemplo, joelho em X, torção tibial externa, malformação da rótula etc.

O diagnóstico da luxação da patela é eminentemente clínico.

A história médica é típica e no exame físico há manobras que confirmam o diagnóstico.

Além disso, os exames radiológicos ajudam a identificar a etiologia traumática ou não traumática e se há ou não fraturas associadas.

A ressonância magnética ajuda a estudar as demais estruturas da articulação.

As luxações da patela inicialmente são tratadas com recolocação da patela em seu devido lugar e imobilização temporária com a perna esticada.

Em seguida, deve-se promover um reforço da musculatura em torno, visando estabilizar a patela.

Quando não se consegue um bom efeito só com exercícios pode-se usar também um aparelho ortopédico, ou seja, uma joelheira especial.

Se for necessária cirurgia, as luxações da patela podem ser tratadas por meio de técnicas de artroscopia minimamente invasivas.

Nos casos de luxações que recidivam (patelas que luxam com frequência), a cirurgia se torna imperativa.

Medicações analgésicas e anti-inflamatórias podem ser usadas na medida das necessidades.

A assistência de um fisioterapeuta durante todo o processo de recuperação é essencial.

É difícil prevenir-se completamente as luxações de patela, mas as pessoas sob risco devem cuidar de fortificar a musculatura da articulação do joelho.

Em geral, a patela luxada retorna ao lugar sem problemas, mas uma vez ocorrida uma luxação, a possibilidade dela se tornar recidivante é muito grande.

Quanto mais a patela é luxada, maior é também a chance de sofrer fraturas ou de que o paciente já tivesse outras alterações ósseas prévias.

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