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quarta-feira, 25 de março de 2015

Doenças da artérias coronárias


A doença das artérias coronárias caracteriza-se pela acumulação de depósitos de gordura nas células que revestem a parede de uma artéria coronária e, em consequência, obstruem a passagem do sangue.

Os depósitos de gordura (chamados ateromas ou placas) formam-se gradualmente e desenvolvem-se irregularmente nos grandes troncos das duas artérias coronárias principais, as que rodeiam o coração e lhe fornecem o sangue. Este processo gradual é conhecido como aterosclorose. (Ver secção 3, capítulo 26) Os ateromas provocam um espessamento que estreita as artérias. Quando os ateromas aumentam, alguns rebentam e ficam fragmentos livres na circulação sanguínea ou então formam pequenos coágulos sanguíneos sobre a sua superfície.

Para que o coração se contraia e bombeie o sangue normalmente, o músculo cardíaco (miocárdio) requer uma provisão contínua de sangue rico em oxigénio que as artérias coronárias lhe proporcionam. Porém, quando a obstrução de uma artéria coronária vai aumentando, pode desenvolver-se uma isquemia (fornecimento de sangue inadequado) do músculo cardíaco que causa lesões graves. A causa mais frequente de isquemia do miocárdio é a doença das artérias coronárias. As complicações principais desta doença são a angina de peito e o ataque cardíaco (enfarte de miocárdio).

A doença das artérias coronárias afecta pessoas de todas as etnias, mas a sua incidência é particularmente elevada entre os Brancos. No entanto, a etnia em si mesma não parece ser um factor tão importante como o hábito de vida de cada indivíduo. Uma dieta com um alto conteúdo em gordura, o hábito de fumar e uma vida sedentária aumentam o risco de doença das artérias coronárias.

Nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares são a causa principal de morte entre as pessoas de ambos os sexos, sendo a doença das artérias coronárias a causa principal das doenças cardiovasculares. O índice de mortalidade é influenciado tanto pelo sexo, como pelo grupo étnico; é mais elevado nos homens do que nas mulheres, sobretudo nos de idade compreendida entre os 35 e os 55 anos. Depois dos 55 anos, o índice de mortalidade no sexo masculino diminui, enquanto nas mulheres continua numa tendência ascendente. Em comparação com os Brancos, os índices de mortalidade entre os Pretos são mais elevados até aos 60 anos e os das mulheres negras são mais elevados até à idade de 75 anos.

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