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sábado, 25 de outubro de 2014

Pneumonia na infância


Pneumonia é uma inflamação nos pulmões, geralmente causada por uma infecção por bactérias, vírus ou fungos.

Esta doença pode ocorrer em qualquer idade, mas merece uma preocupação particular na infância e em pessoas com mais de 65 anos, em virtude das características específicas que assume em cada uma dessas faixas etárias.

As pneumonias são mais incidentes em crianças, especialmente em bebês, do que em qualquer outra idade.

Pacientes com pneumonia são muitas vezes internados e as pneumonias representam 30% das hospitalizações de crianças.

Embora a causa da pneumonia seja principalmente infecciosa, ela também pode ser devida à irritação química decorrente da aspiração de líquido amniótico ou gástrico, da aspiração de corpo estranho ou de migração larvária ou parasitária.

O mecanismo mais frequente implicado nas pneumonias bacterianas da infância é a aspiração de bactérias da orofaringe para os pulmões.

Os agentes infecciosos podem ser vários, cada um mais ou menos próprios de uma idade específica, cabendo ao médico fazer a primeira suposição.

A pneumonia ocorre quando as defesas orgânicas falham ou a carga de agentes infecciosos é tão intensa que as suplanta.

Os sintomas mais frequentes da pneumonia são febre, tosse, taquipneia (respiração rápida), sudorese, calafrios, perda de apetite e vômitos.

Em crianças muito pequenas nem todos os sintomas são detectáveis devido à dificuldade que elas têm de expressarem sintomas como dores e náuseas, por exemplo.

Os dados que levam a suspeita diagnóstica têm que ser percebidos e interpretados pelos familiares e/ou pelo pediatra.

A primeira suposição diagnóstica é feita pela observação dos sinais e pelas queixas, se a criança já consegue se expressar.

Se a criança é muito pequena ou ainda um bebê deve ser constantemente observada para detecção de sinais e sintomas, como febre, tosse, taquipneia, etc.

Em seguida, uma radiografia do tórax ajuda a confirmar ou excluir o diagnóstico e a determinar sua extensão e localização e, indiretamente, a avaliar a gravidade ou a ocorrência de complicações, se houver.

Quando necessários são também realizados exames tais como hemograma, glicose, ureia, creatinina, eletrólitos, proteínas totais, pH, gasometria arterial, entre outros. Exames das secreções podem ser realizados para identificar o agente infeccioso.

Isso pode também ser feito pela hemocultura, aspirado traqueal, exames sorológicos e pesquisa de antígenos urinários.

O tratamento da pneumonia na infância varia de acordo com sua severidade e o tipo de agente que está causando a doença.

Muitas pneumonias na infância podem ser tratadas em casa, mas algumas precisam de hospitalização de três ou quatro dias, pelo menos.

Após esse período, na maioria das vezes, o tratamento pode ser completado em casa.

Os antibióticos, se for o caso, devem ser escolhidos pelo médico de acordo com a ideia dos agentes etiológicos mais incidentes em cada faixa etária.

Eles são capazes de tratar a maioria das formas de pneumonias bacterianas, mas a resistência das bactérias aos antimicrobianos tem aumentado principalmente pelo uso incorreto de medicamentos.

Depois de apurada em laboratório a natureza do agente infeccioso e a sua sensibilidade aos diferentes antimicrobianos, o que demora alguns dias, o antibiótico inicial pode ser trocado.

Além da antibioticoterapia, deve-se:

•Evitar alimentar excessivamente a criança com desconforto respiratório pela possibilidade de vômitos e aspiração.
•Manter a permeabilidade das vias aéreas através da aspiração frequente de secreções e desobstrução nasal.
•Promover a hidratação.
•Ministrar oxigênio, se necessário.
•Fazer fisioterapia respiratória, quando indicada.

Na criança, os cuidados com a hidratação assumem especial importância porque elas se desidratam com mais facilidade que os adultos.

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