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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Agentes infecciosos


A maior parte dos agentes infecciosos é composta por seres microscópicos tais como vírus, bactérias, fungos, alguns parasitas e príons, mas podem também ser macroscópicos como outros parasitas, nematoides e artrópodes como ácaros, pulgas, piolhos, etc. Chama-se infecção à invasão do organismo por algum desses agentes patógenos (do grego: pathos = doença; genos = origem) capazes de provocar doenças pela presença e multiplicação deles ou pelas toxinas que eles produzem.

É extremamente importante conhecer a estrutura dos vários agentes infecciosos, seu modo de nutrição, seus mecanismos de reprodução e outras características básicas porque elas permitem compreender os mecanismos de contágio e a natureza das doenças que causam, bem como elaborar os tratamentos.

Quais são os agentes infecciosos mais comuns?

•Vírus: são os agentes infecciosos mais simples, do ponto de vista biológico, de estrutura muito rudimentar. Nem sequer contêm os elementos necessários para obterem a energia de que precisam e para se reproduzirem, o que os obriga a invadir as células de outros organismos. Os vírus são considerados fragmentos celulares tão pequenos que só podem ser vistos com o auxílio de microscópios eletrônicos. São formados apenas pelo DNA ou RNA e uma membrana proteica. Podem causar doenças no homem, nos animais e nas plantas.

•Bactérias: são igualmente simples, constituídas por uma única célula, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo. Embora muito pequenas, são maiores que os vírus e visíveis ao microscópio comum. A grande maioria das bactérias felizmente é inofensiva ou mesmo benéfica para o ser humano, mas outras são patogênicas e algumas extremamente perigosas.

•Fungos: são um pouco mais complexos. Podem ser unicelulares ou pluricelulares e se reproduzirem por vários mecanismos. Existem milhares de espécies de fungos, mas apenas cerca de uma centena provoca doenças infecciosas no ser humano.

•Protozoários: são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal, embora muito primitivos e com vida parasitária. Mesmo sendo de vários tipos, apenas umas poucas dezenas atuam como parasitas humanos causadores de doenças.

Há várias substâncias químicas para combater os diversos agentes infecciosos, as mais conhecidas são os antibióticos que combatem as bactérias. No entanto, com a exposição contínua a doses não letais de antibióticos, as bactérias desenvolvem resistências que invalidam ou enfraquecem a ação dessas substâncias.

É comum que as resistências bacterianas aos antibióticos se deem nos hospitais, onde esses micro-organismos estão "acostumados" aos antibióticos.

Pode ser também que os antibióticos usados no hospital matem as bactérias mais sensíveis e preservem aquelas mais resistentes.

Isso, no entanto, também pode acontecer no corpo de uma pessoa, daí que seja sempre aconselhável fazer um teste de sensibilidade das bactérias aos antibióticos antes de começar a administrá-los. Na prática, nem sempre isto é feito porque se tem uma ideia empírica de que tipos de bactérias são sensíveis a que tipos de antibióticos.

Os outros agentes infecciosos são combatidos com medicamentos específicos que os mata ou impedem a sua reprodução. Infelizmente há alguns agentes infecciosos contra os quais ainda não se conhece uma medicação que seja capaz de combatê-los, como o vírus Ebola, por exemplo, e outros agentes mais simples.

Alguns deles são eficazmente combatidos pelos próprios mecanismos de defesa do organismo (sistema imunológico) e, por isso, as doenças que eles causam curam-se por si mesmas.

Uma maneira simples e eficaz de prevenir infecções é lavar as mãos com água e sabão com frequência.

Os agentes infecciosos podem ser combatidos pela vacinação que estimule a produção de anticorpos ou pelo controle dos meios de transmissão deles, como o uso de repelentes de insetos, o uso de preservativos nas relações sexuais, cuidados adequados nas transfusões de sangue, etc.

Algumas doenças infecciosas, como a hepatite A, sarampo e varicela, por exemplo, geram uma imunidade ativa, ou seja, geram uma proteção para o organismo por uma estimulação antigênica do sistema imunológico com o desenvolvimento de uma resposta humoral (produção de anticorpos) e celular. Esta estimulação pode ocorrer por infecção natural ou pelo uso de vacina. Isso faz com que algumas doenças infecciosas deixem o indivíduo imune a elas de forma prolongada ou definitiva após uma primeira infecção.

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