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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Hidronefrose


Normalmente, a urina flui dos rins para as vias urinárias em gradientes muito baixos de pressão.

Se este fluxo for obstruído, acontece uma dilatação do rim pela urina, em decorrência da pressão de retorno do fluxo urinário sobre o rim, danificando os seus delicados tecidos e interrompendo o seu funcionamento.

Chama-se hidronefrose à distensão que se verifica no rim assim afetado.

A causa mais comum da hidronefrose é uma obstrução do ureter em sua junção com a pelve renal. Em geral essa obstrução pode acontecer em razão de anomalias estruturais, ptose renal (deslocamento do rim para baixo), cálculos renais, compressão do ureter por órgãos adjacentes, etc.

A hidronefrose também pode ser produzida por um refluxo da urina desde a bexiga, por diversos tipos de obstruções como cálculos, tumores, infecções, radioterapia, cirurgia, etc.

Ela frequentemente ocorre durante a gravidez porque o útero aumentado passa a comprimir os ureteres.

Além dos sintomas da hidronefrose em si, deve-se ter em conta os sintomas provocados pelas suas causas. Estes dependem da natureza das causas, bem como da sua localização e duração. A hidronefrose que se instala agudamente produz uma cólica renal forte e intermitente no lado afetado.

Se for crônica, a hidronefrose pode ser assintomática e só se manifestar pelas lesões renais tardias ou então haver apenas ataques de dor surda. Se o rim estiver muito grande, o médico pode palpar uma massa no flanco do paciente.

Certa porcentagem de pacientes (mais ou menos 10%) tem sangue na urina. As infecções produzem febre, calafrios, pus na urina (geralmente só visto ao microscópico) e incômodo na zona da bexiga ou do rim. A obstrução da urina favorece a formação de cálculos.

A hidronefrose pode causar sintomas intestinais leves, como náuseas, vômitos e dores abdominais.

A solução da hidronefrose tanto envolve o tratamento do acúmulo de urina quanto de suas causas e por isso exige recursos variados.

A urina acumulada deve ser drenada o mais depressa possível se a função renal diminuiu, a infecção persiste ou a dor se torna muito forte.

Na hidronefrose crônica é importante corrigir a causa da obstrução urinária. Uma cirurgia pode ser necessária para corrigir anormalidades dos ureteres.

O tratamento pode incluir medicamentos ou dilatação da uretra por meio de dilatadores mecânicos.

Podem ser necessários outros tratamentos, como a litotripsia (fragmentação dos cálculos renais por meio de ondas sonoras) para os cálculos que estejam obstruindo a passagem da urina.

A hidronefrose pode evoluir com muita dor de forma intermitente, devido a um acúmulo de urina na pelve renal, exigindo uma solução de urgência.

A hidronefrose leve e de pouca duração é reversível, embora os ductos urinários possam permanecer dilatados. As mais sérias, se não forem tratadas, acabam por lesar os rins e podem terminar em insuficiência renal.

O prognóstico da hidronefrose crônica é menos otimista do que o da hidronefrose aguda.

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