Pesquisar este blog

sábado, 5 de abril de 2014

Transtorno Dismórfico Corporal (2a edição)


O transtorno dismórfico corporal (TDC), síndrome da distorção da imagem ou simplesmente dismorfofobia é uma preocupação obsessiva com algum defeito corporal suposto ou de mínima realidade, que afeta a aparência física.

O termo dismorfia é uma palavra grega que significa “feiúra”, especialmente na face.

Com maior frequência esta condição mórbida ocorre nos adolescentes de ambos os sexos, mas pode ocorrer também em adultos, principalmente nas mulheres.

O transtorno dismórfico corporal é constituído por pensamentos praticamente delirantes, com características obsessivas, resistentes a todas as demonstrações objetivas em contrário (opinião das demais pessoas, espelhos, balanças, fotos etc.), além de serem intrusivos à consciência e em geral acompanhados por rituais, características que são, também, muito semelhantes a pensamentos obsessivos.

As causas do transtorno dismórfico corporal são bastante discutíveis. Há duas teorias diferentes: uma biológica e outra psicológica.

A teoria biológica sugere que haja um aspecto genético e que o distúrbio se acompanha de um desequilíbrio da serotonina ou de outros neurotransmissores no cérebro.

Há também relato de casos que tiveram início pós-encefalite ou pós-meningite.

A explicação psicológica aponta para uma baixa auto-estima; deficiência de carinho e aprovação na infância, levando a uma autocrítica destrutiva e a sentimentos de abandono.

Os adolescentes podem ter medo de ficar sozinhos e isolados por toda sua vida ou acreditar que serão inúteis se não conseguirem corrigir aspectos da sua aparência.

Eles desejam uma perfeição ideal em sua aparência, o que é impossível.

Uma vez que a doença tenha se desenvolvido, ela é mantida pela excessiva atenção que a pessoa dedica a um comportamento auto-centrado, como verificar o “defeito” percebido e fazer comparações com outras pessoas.

Atualmente, a forma mais frequente de transtorno dismórfico corporal é referente ao peso corporal.

As pessoas com peso adequado para sua altura e faixa etária tendem a considerar-se acima do peso e se submetem a regimes inadequados, uso de medicamentos, vômitos forçados e exercícios físicos em excesso, gerando uma espécie de anorexia mental.

Muitas vezes a dismorfofobia alegada consiste em emprestar exagerada importância a marcas mínimas e praticamente imperceptíveis, sentidas como deformantes e como observadas e criticadas por todos (o que não é verdadeiro).

Tudo isso leva as pessoas que sofrem do mal a evitar lugares públicos e mesmo sair de casa (isolamento social) e a procurar por tratamentos estéticos de maneira doentia (cirurgias plásticas, tratamentos de rejuvenescimento, uso exagerado de cosméticos, cuidados exagerados com os cabelos, uso de roupas às vezes desconfortáveis, mas que escondam o corpo etc.).

A maioria das pessoas preocupa-se com algum aspecto do seu rosto.

Por ordem decrescente, as queixas mais comuns referem-se ao nariz, cabelo, pele, olhos, queixo e lábios.

Em geral, elas alegam falta de simetria entre os lados do corpo ou que algo está muito grande ou muito pequeno, ou que está fora de proporção ao resto do corpo.

Algumas pessoas exibem preocupação com o cheiro corporal (mau hálito, odor das axilas ou dos pés) que exalam ou com uma alegada “feiúra” geral.

As pessoas com transtorno dismórfico corporal normalmente demoram muito em atividades como verificar sua aparência num espelho, apalpar sua pele com os dedos, pentear e ajeitar os cabelos, cuidar de sua pele, comparar-se com os modelos em revistas etc.

Outra forma de transtorno dismórfico corporal é a anorexia nervosa em que a pessoa se vê muito mais gorda do que é de fato e não acredita nas pessoas que dizem-lhe o contrário.

Nenhum comentário: