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sábado, 22 de março de 2014

Herpanginas


A herpangina é o nome de uma infecção dolorosa da cavidade oral que, comumente, afeta crianças pequenas, especialmente durante o verão, mas que também pode afetar adolescentes e adultos.

A herpangina normalmente é causada pelos vírus da variedade Coxsackie, embora outros enterovírus possam também estar implicados.

A transmissão da herpangina se dá pela via fecal-oral ou por gotículas respiratórias expelidas durante espirros ou tosses de pessoas infectadas.

Ela algumas vezes pode ser assintomática, mas em geral se manifesta abruptamente com febre alta (cerca de 40°C), dificuldade para engolir (disfagia), anorexia, vômitos, diarreia, secreção abundante de saliva (sialorreia) e dor de garganta.

O período febril dura entre um e quatro dias e neste tempo surgem na faringe e na cavidade oral (amígdalas, úvula e palato mole) vesículas de coloração branco-acinzentadas, rodeadas por um alo avermelhado que posteriormente podem apresentar uma ulceração central.

As lesões passam de máculas para vesículas e então para ulcerações. Os gânglios do pescoço estão aumentados de volume e doloridos.

Após dois a três dias, as lesões podem aparecer também nas palmas das mãos e solas dos pés.

O diagnóstico da herpangina é clínico e deve levar em consideração a localização e a distribuição das lesões na cavidade oral e faringe.

Quando há necessidade, pode ser feito o isolamento do vírus por meio de exames laboratoriais ou verificação da existência de anticorpos contra o vírus na corrente sanguínea do paciente.

Isso, no entanto, tem mais utilidade como pesquisa do que como tratamento, já que o resultado dos exames demora um tempo superior àquele do desaparecimento espontâneo dos sintomas.

A doença é autolimitada e termina seu curso dentro de uns dez dias ou pouco mais.

O tratamento visa minimizar o desconforto dos sintomas e é apenas de suporte: antitérmicos, anestésicos tópicos na cavidade oral, antibióticos, em caso de infecções bacterianas secundárias à virose, aumento da ingestão de líquidos, etc.

Deve-se evitar o uso de aspirina, por seus efeitos anticoagulantes.

Como as crianças podem mostrar dificuldades de ingerir comidas e bebidas, o médico deve estar atento a uma possível desidratação.

Usualmente, as manifestações clínicas desaparecem em poucos dias, havendo regressão espontânea das lesões.

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