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sábado, 1 de março de 2014
Envelhecimento Masculino
Não é simples o diagnóstico da "menopausa masculina", pois são muito variados os aspectos clínicos importantes para a suspeita diagnóstica do hipogonadismo do homem que "envelhece", em função justamente a diversidade de sinais e sintomas que a deficiência de hormônios pode causar.
Muitos questionários técnicos foram desenvolvidos e idealizados para a triagem clínica do envelhecimento masculino, como, por exemplo, o St. Louis University Androgen Deficiency in Aging Male (ADAM), o Aging Male Survey (AMS), o Massachusetts Male Aging Study (MMAS) e, mais recentemente a Hypogonadism Related Symptom Scale (HRS).
Os questionários são traduzidos e validados (quer dizer, feito um pareamento com a população local) em vários países, inclusive no Brasil e são largamente utilizados em estudos e trabalhos científicos.
Pelos estudos comparativos, houve condição de se avaliar que os questionários ADAM e AMS são pouco específicos para o diagnóstico de hipogonadismo.
Os sintomas mais associados à diminuição dos níveis de testosterona são a diminuição da libido (interesse sexual) e surgimento de disfunção erétil.
Tendo em vista que o homem que envelhece habitualmente faz uso de vários medicamentos, é necessário investigar uso de medicamentos que possam interferir com a sexualidade, como diuréticos, betabloqueadores, digoxina, antidepressivos, cimetidina, metoclopramida, fenitoína, carmamazepinas, fenotiazinas, alfametildopa, butirofenonas, tioridazida e alfabloqueadores.
Há uma referência curiosa nas pesquisas que mostram que quanto maior o volume abdominal, menor o nível de testosterona sérico, algo que certamente interfere no envelhecimento masculino.
Portanto, quanto mais obeso o homem, maiores as dificuldades com relação à sexualidade.
Há, também, um paralelo entre a redução dos níveis de testosterona e a redução da massa muscular, fato que infere em resultados como dores musculares e articulares e perda massa óssea.
Muitos homens com hipogonadismo apresentam sinais variáveis de depressão, redução da pilosidade facial e anemia.
O diagnóstico laboratorial fica por conta da dosagem de hormônios diretamente relacionados com o quadro em si, como LH, testosterona e testosterona livre, FSH e testosterona ligada à albumina.
A interpretação deve ser feita pelo médico, evidentemente.
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