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terça-feira, 11 de março de 2014

Câncer de Ovário


O câncer de ovário é um raro tumor ginecológico maligno que afeta os ovários. O câncer de ovário é difícil de ser diagnosticado e tem pequenas chances de cura.

A maioria deles é um carcinoma epitelial (câncer que se inicia nas células da superfície do órgão) ou tumor das células germinativas (que dão origem aos ovócitos, gameta feminino a ser fecundado pelo espermatozoide).

A causa do câncer de ovário ainda é desconhecida na sua totalidade, mas está relacionada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Sabe-se, contudo, de alguns fatores que aumentam ou diminuem o risco:


•Um grande número de filhos e quanto mais cedo uma mulher der à luz, menor o seu risco.

•Determinados defeitos genéticos parecem ser responsáveis por alguns casos de tumor de ovário.

•Mulheres com histórico pessoal ou familiar de câncer de mama ou de ovário apresentam risco maior.

•Mulheres que fazem reposição de estrogênio, sem progesterona, parecem ter maior risco de desenvolver câncer de ovário.

•Pílulas anticoncepcionais, no entanto, diminuem o risco.

•Alguns estudos sugerem que os medicamentos para fertilidade não aumentam o risco.

Ele pode acontecer em mulheres de qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos.

A maioria das mortes por câncer de ovário ocorre em mulheres acima de 55 anos.

Embora o câncer de ovário seja o quinto tipo de câncer mais comum nas mulheres, ele causa mais mortes que qualquer outro tipo de câncer dos órgãos reprodutores femininos.

Isso ocorre porque os sintomas do câncer de ovário são muito vagos e inespecíficos. Frequentemente são confundidos com os sintomas de outras doenças.

Quase sempre, quando o câncer é finalmente diagnosticado, o tumor muitas vezes já deu metástases (espalhou-se para outros órgãos).

Podem ser sinais e sintomas indicativos de um tumor no ovário: inchaço abdominal; inapetência; dor pélvica ou abdominal; ciclos menstruais irregulares e anormais; constipação intestinal; aumento de gases intestinais; dificuldades de digestão; náuseas e vômitos; sensação de peso na pelve; dor nas costas não explicável; sangramento vaginal; desconforto no abdome; ganho ou perda de peso; aumento de pelos e aumento na frequência ou urgência urinária.

Esses sintomas, entretanto, também são comuns em outras enfermidades e em mulheres que não têm câncer.

A história clínica e o exame físico são os primeiros dados para o diagnóstico do câncer de ovário. Um exame físico detido pode revelar um abdômen inchado e com líquido em sua cavidade.

Um exame pélvico pode revelar uma massa no abdômen ou em um dos ovários. O exame de sangue com o marcador CA-125 pode ser feito se a mulher tiver sintomas de câncer de ovário ou já tiver sido diagnosticada com câncer de ovário, para monitorar o tratamento.

Outros testes que podem ser realizados que ajudam a diagnosticar a doença ou a fazer um diagnóstico diferencial incluem a contagem de células e química sanguínea completa; testes de gravidez; tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética da pelve; ultrassonografia da pelve.

Uma laparotomia pode ser realizada a fim de explorar os sintomas e fazer uma biópsia que torne o diagnóstico definitivo.

Em casos muito avançados deve ser feita uma avaliação da função renal e hepática e exames hematológicos.

Uma vez diagnosticado o câncer de ovário, o tratamento é cirúrgico.

A cirurgia deve envolver uma histerectomia total (remoção do útero), remoção bilateral dos ovários e trompas, remoção do omento (camada de gordura que recobre os órgãos do abdômen); biópsia ou remoção dos linfonodos da pelve e abdômen.

Após a cirurgia, a quimioterapia por via venosa ou aplicada diretamente na cavidade abdominal pode ser usada para tratar qualquer resíduo da doença ou se o câncer reincidir.

A radioterapia é raramente utilizada.

Em geral, quando diagnosticado o câncer de ovário já se encontra num estágio muito avançado. Cerca de ¼ das mulheres diagnosticadas sobrevivem mais de um ano após o diagnóstico e 50% delas vivem mais que cinco anos. Se o diagnóstico for muito precoce a sobrevivência de cinco anos aumenta muito.

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