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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Hemocromatose
É um transtorno que interfere no metabolismo do ferro provocando grande acúmulo desse elemento no organismo.
O excesso de ferro resulta em danos teciduais e prejuízo funcional dos órgãos envolvidos, especialmente fígado, pâncreas, coração e hipófise.
A Hemocromatose afeta mais os homens do que as mulheres e é particularmente comum em pessoas da raça branca, originárias da parte ocidental da Europa.
Existem duas formas da doença: primária e secundária.
A hemocromatose primária tem, principalmente, causas genéticas.
Este tipo de hemocromatose é um dos transtornos genéticos mais comuns e afeta 1 em cada 200 pessoas nos Estados Unidos.
A hemocromatose secundária pode ser causada como conseqüência de outras doenças como a anemia sideroblástica, caracterizada pela produção anormal de células vermelhas, ou pela ingestão excessiva de ferro ao longo da vida.
Em certas ocasiões pode acompanhar a anemia hemolítica induzida por drogas, alcoolismo e outras afecções.
Outro fator que pode desencadear a doença é a pessoa ter recebido um grande número de transfusões de sangue, o que aumenta os níveis de ferro.
Os sintomas são mais freqüentes nos homens entre 30 e 50 anos e nas mulheres acima de 50 anos. Porém, em alguns casos os sintomas podem aparecer a partir dos 20 anos de idade.
Os principais sinais e sintomas da hemocromatose são:
- dores nas articulações
- fadiga
- falta de energia
- perda de peso
- mudança na coloração da pele (tonalidade bronzeado)
- dor abdominal
- perda do desejo sexual
- atrofia testicular
- perda de pêlo corporal
- problemas cardíacos
- sintomas relacionados com o início do diabetes.
Para diagnosticar o distúrbio, primeiramente é feito o exame físico.
Neste momento, o médico pode perceber o aumento dos órgãos afetados, assim como a mudança na coloração da pele. Para auxiliar, são realizados exames de sangue que mostram os níveis de ferro no organismo.
O diagnóstico pode se confirmar com uma biópsia do órgão com suspeita de dano.
O objetivo do tratamento em pacientes com hemocromatose é extrair o excesso de ferro do organismo e oferecer tratamento adequado aos órgãos danificados.
A remoção do ferro em excesso se faz através da flebotomia, procedimento em que se retira sangue para diminuir a quantidade de ferro no corpo.
Inicialmente a freqüência deste tratamento é maior e depois diminui progressivamente.
A freqüência deste procedimento depende dos sintomas e dos níveis de hemoglobina do paciente.
Além da flebotomia, o paciente deve seguir uma dieta especial para que os níveis de ferro não aumentem.
Esta dieta proíbe o consumo de álcool, principalmente para os pacientes que sofreram danos hepáticos, a ingestão de comprimidos ou vitaminas que contenham ferro, suplementos vitamínicos, frutos do mar crus, alimentos processados ou fortificados, além de proibir o uso de utensílios de cozinha fabricados com ferro.
O tratamento precoce garante o melhor resultado, principalmente, quando iniciado antes que algum órgão esteja afetado. Assim, afecções como doença hepática, cardiopatia, artrite e diabetes, geralmente, podem ser evitadas.
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