Pesquisar este blog

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Bactérias: um resuminho para você se distrair!


As bactérias são os seres vivos mais antigos na natureza (evidências encontradas em rochas de 3,8 bilhões de anos).

São também os mais simples do ponto de vista estrutural e os mais bem sucedidos em relação ao número de indivíduos.

A quantidade de bactérias no intestino de uma pessoa, por exemplo, é superior ao número total de células humanas no corpo humano.

Elas são microscópicas, unicelulares, sem núcleos e sem clorofila e se reproduzem por divisão binária.

Podem ter várias formas e serem de tamanhos variados, indo de 0,2 a 6,0 micrômetros (milésima parte do milímetro).

Quase todas são envolvidas por uma camada externa resistente e logo abaixo dela por uma membrana citoplasmática, contendo em seu interior DNA, RNA, proteínas e pequenas moléculas.

Elas encontram seus alimentos em praticamente qualquer molécula orgânica e havendo alimentos suficientes elas se dividem muito rapidamente (a cada 20 minutos) e uma única bactéria pode gerar cinco milhões de outras num período de apenas onze horas.

Podem ser encontradas na forma isolada ou em colônias e podem viver na presença ou na ausência de oxigênio (chamadas, respectivamente, aeróbias ou anaeróbias) ou, ainda, serem anaeróbias facultativas.

As aeróbias normalmente vivem na pele ou no sistema respiratório e as anaeróbias nas camadas profundas dos tecidos ou nas feridas.

As bactérias exercem um importante papel ecológico porque elas fixam e devolvem o nitrogênio à atmosfera e também são úteis para o homem na indústria de laticínios e farmacêutica, que utilizam bactérias para fabricar derivados do leite e antibióticos, respectivamente.

Na natureza há dois tipos de bactérias: as eubactérias, tipos comuns encontradas na água, no solo e em organismos vivos maiores, e as arquibactérias, geralmente encontradas em ambientes inóspitos, como os pântanos, fontes termais, fundo do oceano, salinas, vulcões, fontes ácidas, etc.

Quanto à forma que assumem, as bactérias podem ser classificadas em cocos, bacilos, vibrião e espirilos.


•Cocos têm a forma esférica e quando agrupados em pares recebem o nome de diplococos; se em cadeia, de estreptococos e se em cachos, como uvas, de estafilococos.


•Bacilos são cilíndricos, têm a forma de bastonetes e em geral se apresentam isolados.


•Vibriões têm a forma de vírgula.


•Espirilos são células espiraladas e quase sempre se apresentam isoladamente.

Uma técnica muito usada para classificar as bactérias baseia-se na coloração desenvolvida pelo microbiologista dinamarquês Hans Christian Gram, que divide as bactérias em dois grupos: as que assumem coloração púrpura ou azul (gram-positivas - abaixo)


e as que se descolorem, mas ao final do processo se tingem na tonalidade rosa-avermelhada (gram-negativas - abaixo).




Algumas bactérias são prejudiciais à saúde do homem e podem causar inúmeras doenças (bactérias patogênicas), mas outras não e a presença de algumas delas inclusive é necessária para o bom funcionamento orgânico (bactérias da flora intestinal, por exemplo, que ajudam na digestão e evitam a proliferação de micróbios patogênicos).

As bactérias podem penetrar no corpo humano através do trato digestivo, dos pulmões, do sangue ou de alguma solução de continuidade da pele ou das mucosas, transportadas até eles por mãos ou objetos contaminados, pelo ar ou por moscas.

No entanto, a maioria delas, aliás, é completamente inócua e até útil para o homem e para a Natureza em geral.

Foram elas que ajudaram a tornar a Terra habitável para os homens e as plantas, colocando oxigênio na atmosfera em quantidade suficiente para a continuidade e novas formulações da vida.

A mesma coisa acontece com as bactérias presentes nas plantas.

Muitas bactérias se localizam nas raízes ou nódulos de certas plantas e fixam o nitrogênio atmosférico, tornando-o disponível como nutriente para as plantas. Na indústria alimentícia, inclusive, algumas bactérias são usadas na preparação de comidas ou bebidas fermentadas.

No caso dos seres humanos elas podem ser transferidas de pessoa para pessoa e podem ser combatidas pelos antibióticos.

Caso contrário, elas aumentam rapidamente, ampliando o número de colônias e podendo leva-lo à morte.

Entre milhares de outras, as principais doenças causadas por bactérias são: a tuberculose, a hanseníase (lepra), a difteria, a coqueluche, a pneumonia bacteriana, a sinusite bacteriana, a escarlatina, o tétano, a leptospirose, o tracoma, a gonorreia ou blenorragia, a sífilis, a meningite meningocócica, a cólera, a febre tifoide etc.

Algumas bactérias causam doenças muito graves, e às vezes mortais, como o botulismo, o antraz, a peste bubônica e o tifo.

Medidas antissépticas são aquelas destinadas a evitar infecções pelas bactérias, por exemplo, ferver a água antes de tomar, lavar os alimentos frescos antes de ingeri-los ou passar álcool em uma ferida.

A esterilização de instrumentos dentários, cirúrgicos ou outros, visa livrá-los de qualquer agente patogênico, das bactérias inclusive.

Nem toda bactéria é sensível a todo antibiótico.

O antibiograma é um teste de laboratório para determinar a sensibilidade de uma linhagem de bactéria a diferentes antibióticos.

Frequentemente os antibióticos são prescritos com base em conhecimentos gerais a respeito da sensibilidade dos diversos tipos de bactérias, no que é conhecido como antibioticoterapia empírica, mas muitas vezes esse conhecimento falha ou não é suficiente.

Por vários motivos muitas bactérias podem se tornar resistentes a diversas classes de antibióticos, como acontece, por exemplo, nas infecções hospitalares ou no uso frequente de antibióticos, tornando necessário um antibiograma.

Este exame consiste em coletar material infeccionado antes de dar início ao tratamento e cultivar as bactérias presentes nele para depois testar a ação sobre elas de diversos antibióticos, determinando a qual deles as bactérias em causa são mais sensíveis.

Essa informação pode ser útil para o clínico, que assim pode escolher um tratamento mais específico, direcionado apenas para a bactéria envolvida na infecção.

Nenhum comentário: