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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Informações sobre rotura uterina


Ruptura uterina (ou rotura uterina) é o rompimento lento e progressivo, total ou parcial, das paredes do útero, o que mais frequentemente ocorre durante o parto.

No entanto, essa complicação não ocorre apenas durante o parto, pode acontecer também durante a gestação.

Nesse caso, as cavidades abdominal e uterina entram em comunicação e há extrusão do feto ou de partes dele.

Trata-se de uma das complicações obstétricas mais temidas da gravidez porque representa risco de vida tanto para o feto quanto para a mãe.

A ruptura uterina ocorre devido a um aumento de pressão no interior do útero, seja pelas contrações uterinas durante o trabalho do parto (o mais comum) seja pelo crescimento do próprio feto, durante a gestação.

Ela pode dever-se a condições inerentes ao parto e aos procedimentos obstétricos, tais como desproporção cefalopélvica e parto obstruído, por exemplo, ou ser facilitada por fatores ligados à gestante: um grande número de partos anteriores; cirurgias uterinas prévias (inclusive cesariana), etc.

Outros fatores que podem levar à ruptura uterina são: traumas e cicatrizes uterinas, malformações congênitas do útero, doenças uterinas diversas, desnutrição, polidrâmnio (aumento do líquido amniótico), tumores, curetagens mal feitas, dentre outros.

Se a ruptura ocorre no início da gestação, a paciente apresentará um quadro de abdome agudo, com dor intensa e sinais de sangramento interno.

Se ocorre mais tarde durante a gestação pode ser pouco sintomática e evoluir aos poucos, causando uma dor abdominal imprecisa e sangramento vaginal.

Quando ocorre durante o trabalho de parto, geralmente se apresenta com dor súbita e bem localizada no abdome, interrupção do parto e as repercussões do grande sangramento causado pela rotura.

Existem casos em que a rotura se dá apenas em alguma das camadas do útero, mas não em todas: ruptura incompleta.

Nestes casos os sintomas são menos intensos e na maioria das vezes a situação só é reconhecida após o parto.

Uma ruptura até então incompleta pode tornar-se completa no momento do parto.

Em geral, uma história clínica detalhada e um exame físico bem feito são suficientes para estabelecer o diagnóstico da paciente.

Muitas vezes o quadro clínico é, inclusive, exuberante. Se necessário, uma ultrassonografia pode ajudar a esclarecer o diagnóstico.

Nas pacientes com prole já constituída pode ser feita uma histerectomia parcial ou total.

Nas mulheres que desejam ter mais filhos, pode ser feita uma sutura uterina.

Uma cesariana de urgência pode tentar extrair o feto ainda vivo e, posteriormente, proporcionar ao obstetra as condições para fazer a sutura do útero.

A administração de antibióticos deve ser feita logo a seguir. Uma transfusão de sangue também pode ser necessária.

A rotura durante a gestação é mais rara que aquela que ocorre durante o trabalho de parto.

O óbito materno é menos frequente que o óbito fetal, que pode alcançar até 60% dos casos.

A fim de diminuir os riscos de ruptura uterina deve-se observar um intervalo entre os partos de, no mínimo, dois anos.

A paciente deve fazer um acompanhamento pré-natal em que os fatores de risco sejam corretamente avaliados e seus possíveis efeitos sejam minimizados.

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