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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dor pélvica crônica


Chama-se dor pélvica crônica a uma sensação dolorosa persistente (duração maior de três meses), no andar inferior do abdômen. Não se trata de uma doença, mas de uma síndrome que se pode verificar em diferentes enfermidades.

Ela ocorre em homens e em mulheres, podendo ter causas e repercussões diferentes em ambos os sexos.

Quase sempre essa dor parte de alterações nos órgãos contidos na pelve: útero, ovários, trompas de Falópio, cérvix (colo do útero), vagina, trato urinário, intestino ou reto.

Quando a paciente com dor pélvica crônica é uma mulher, o especialista procurado em primeiro lugar costuma ser o ginecologista, embora nem toda dor pélvica crônica seja de etiologia ginecológica.

Didaticamente, essas dores podem ser divididas em ginecológicas, quando procedem dos órgãos reprodutivos femininos, e não ginecológicas, quando se originam dos diversos outros órgãos pélvicos. E

ntre as primeiras contam-se a endometriose e as inflamações pélvicas crônicas de órgãos ginecológicos e entre as últimas as principais são a constipação intestinal crônica, a síndrome do cólon irritável, a diverticulite, a cistite crônica, a prostatite, os distúrbios musculoesqueléticos, etc.

Como a dor pélvica crônica pode provir de um grande número de condições, às vezes, é difícil determinar a sua causa específica.

Em virtude da grande frequência das causas ginecológicas, as dores pélvicas crônicas são mais comuns nas mulheres que nos homens. Essas dores podem se localizar mais de um lado que do outro, na dependência do órgão atingido.

Elas são bastante comuns na gravidez e até podem ser tidas como normais nessa circunstância, mas a mulher deve dizer isso ao médico, para que seja feita uma avaliação correta.

Além do sintoma doloroso, as dores pélvicas crônicas associam-se aos demais sintomas próprios das enfermidades causais.

As principais armas no diagnóstico etiológico da dor pélvica crônica são uma detalhada história clínica e um exame físico bem feito.

Além da queixa de dores crônicas, há os sintomas da enfermidade que está gerando essas dores, os quais orientarão sobre as causas da dor pélvica crônica.

Uma das indicações diagnósticas valiosas é se as dores são ou não associadas ao ciclo menstrual.

Testes laboratoriais são indicados, dependendo dos resultados do exame físico e incluem hemograma, exame de urina, testes para infecções sexualmente transmitidas (DSTs) e teste de gravidez.

Outros exames específicos devem ser solicitados, de acordo com a suspeita diagnóstica.

A ultrassonografia, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética ajudam na detecção de massas pélvicas se elas existirem, mas são de pouca utilidade em quadros como cólon irritável ou bexiga neurogênica, por exemplo.

A laparoscopia e a biópsia realizada durante esse procedimento podem complementar o diagnóstico.

O tratamento da dor pélvica crônica depende da enfermidade causal e deve ser dirigido a ela. Grande parte das dores pélvicas crônicas é tratada clinicamente. Somente alguns casos podem requerer cirurgia.

Os tratamentos medicamentosos podem ser feitos, conforme o caso, com anti-inflamatórios, anticoncepcionais, antibióticos e hormônios.

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