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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Miomas uterinos


Miomas uterinos são tumores benignos que acontecem no tecido muscular da parede do útero.

Eles podem ser únicos ou múltiplos, se instalar em localizações variáveis e serem de diversos tamanhos, podendo atingir grandes dimensões quando não extirpados a tempo, provocando um grande crescimento abdominal.

Quase a metade das mulheres na quarta ou quinta década da vida tem algum tipo desses tumores.

Existem quatro tipos desses tumores, classificados conforme sua localização:

•Submucosos: localizados na parte interior da parede do útero.

•Intramurais: localizados no meio da parede uterina.

•Subserosos: localizados na parte exterior da parede do útero.

•Pediculados: ligados ao útero por um pedículo.

Cada um deles difere dos demais por certos detalhes da sintomatologia e demandam diferentes medidas corretivas.

Não se conhece uma causa determinante para o aparecimento dos miomas uterinos. Esses tumores são mais comuns em pacientes que têm história da doença na família ou que são obesas.

O que se sabe é que estão associados principalmente à ação dos estrógenos e da progesterona e que a incidência deles diminui depois da menopausa, quando esses hormônios diminuem, e são mais frequentes no período fértil da vida da mulher.

Um fator racial parece operar no caso, já que as mulheres negras são mais vulneráveis ao seu desenvolvimento.

Os miomas uterinos podem ser assintomáticos, pelo menos até atingirem grandes volumes. Quando começa a haver sintomas, os mais importantes são:

•Fluxo menstrual abundante.

•Crescimento do abdômen.

•Dores abdominais ou na pelve.

•Anemia.

•Infertilidade.

•Abortamentos repetitivos.

•Se o tumor for grande, pode levar à compressão sobre órgãos vizinhos, causando os sintomas respectivos.

A suspeita diagnóstica é feita pela historia clínica e pelo toque vaginal.

Exames de imagens, como a ultrassonografia, a ressonância magnética e a histeroscopia, também são importantes para o diagnóstico.

A certeza diagnóstica pode ser obtida por meio de uma biópsia.

Se o tumor não apresentar sintomas, não requer tratamento imediato e pode apenas ser monitorado regularmente.

Se a mulher estiver próxima da menopausa, o tratamento recomendado é o bloqueio da produção de estrógeno. A supressão da função ovariana ajuda a diminuir o tamanho dos miomas uterinos.

A remoção do tumor pode ser feita pela miomectomia (retirada do mioma) ou histerectomia (retirada total do útero). A remoção cirúrgica do útero, no entanto, depende se a mulher ainda pode e deseja ter filhos.

Quando se pratica a miomectomia de pequenos tumores a cirurgia pode ser feita por via vaginal.

Atualmente tem sido usada com bons resultados uma técnica de embolização mediante a qual se procura interromper o fluxo de sangue que nutre o mioma, “matando” assim o tumor.

O mioma não representa um impedimento absoluto para engravidar e se uma mulher grávida tiver um mioma, ela ou seu bebê dificilmente terão complicações.

Os tumores uterinos podem trazer algum desconforto nas relações sexuais e motivar irregularidades intestinais, incontinência urinária e, às vezes, infertilidade.

Mesmo os grandes miomas habitualmente não se transformam em câncer.

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