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terça-feira, 18 de junho de 2013

Fluoroscopia: você sabe o que é?


A fluoroscopia (ou radioscopia) é um exame que fornece imagens em movimento e em tempo real do interior do corpo, a partir da emissão de raios X.

Enquanto os raios X convencionais só geram imagens estáticas que necessitam de revelação posterior, a fluoroscopia produz imagens dinâmicas, com uma frequência de 25 a 30 quadros por segundo, que podem ser vistas em movimento, em um monitor.

O aparelho que faz isso é chamado fluoroscópio.

Dessa maneira, a fluoroscopia permite perceber movimentações orgânicas internas, como nos vasos ou no intestino, por exemplo, mediante o uso de contrastes, seguindo o direcionamento de um instrumento no interior do corpo ou de um cateter que esteja sendo introduzido nos vasos sanguíneos.

O fluoroscópio consta de uma fonte emissora de raios X e uma tela fluorescente que capta as imagens; o paciente fica posicionado entre as duas.

A fluoroscopia consiste na obtenção, através desse dispositivo, de imagens de raios X em grande número e com alta resolução temporal que permitem ver o interior do paciente em movimento. As imagens geradas pelo aparelho podem ser gravadas com alta qualidade e revistas posteriormente.

A fluoroscopia também pode ser utilizada em exames de cateterismo, por exemplo, permitindo ver o contraste injetado e circulante nos vasos sanguíneos e a eventual obstrução deles, durante uma angiografia.

A diferença da fluoroscopia e da radiografia convencional é que, enquanto a radiografia convencional utiliza filmes de raios-X que precisam ser revelados posteriormente e apenas geram imagens estáticas, a fluoroscopia possui um sistema de aquisição de imagens dinâmicas, vistas em tempo real durante o exame.

Como o exame de fluoroscopia necessita de muitas imagens radiológicas, estas devem ser feitas com uma baixa dose de radiação, o que exige um detector muito sensível que regule o nível de radiação.

A fluoroscopia tem várias indicações.

As principais são:

•Exames contrastados para visualizar a movimentação do trato gastrointestinal.

•Acompanhamento de inserção de cateter durante a angioplastia ou angiografia.

•Inserção de determinados dispositivos cardíacos, como marca-passos, por exemplo.

•Estudos de fluxo de sangue nas arteriografias.

•Em cirurgias ortopédicas, para visualizar fraturas e seu tratamento.

A fluoroscopia permite aos médicos olhar vários sistemas orgânicos, como o esquelético, digestivo, respiratório, urinário e reprodutivo, incluindo órgãos sólidos como ossos, músculos, articulações, coração, pulmão e rins.

Ela pode ser usada também em artrografia, punção lombar, colocação intravenosa de cateteres em outros órgãos que não o coração, urografia excretora, histerossalpingografia e biópsias.

Pode ser usada sozinha ou em associação com outros meios diagnósticos ou terapêuticos.

Este exame pode permitir ao médico ver, por exemplo, os movimentos dos intestinos ou, no cateterismo cardíaco, o fluxo de sangue nas artérias coronárias.

A fluoroscopia também pode ser usada para vários outros fins, entre os quais, localização de corpos estranhos, guiar injeções nas articulações ou na coluna vertebral, tratar fraturas das vértebras da coluna vertebral, etc.

A preparação para o exame é simples: deve ser mantido um jejum de no mínimo oito horas.

Nesse tempo, o paciente não deve fumar nem mascar nenhum tipo de goma e suspender os remédios eventualmente em uso.

Como o meio de contraste usado (sulfato de bário) “prende o intestino”, o paciente deve acrescentar bastante fibras a sua alimentação, após o exame. O mamão também é aconselhável, no pós-exame e nos dias seguintes, assim como uma abundante ingestão de líquidos (em média 3 litros diários).

A exposição aos raios X numa fluoroscopia é baixa, quando comparada com uma radiografia convencional, mas os níveis de exposição dos pacientes podem se tornar altos em virtude da maior duração do exame.

O tempo total de fluoroscopia é, pois, um dos fatores importantes da exposição dos pacientes a essa técnica.

O exame deve ser evitado em pacientes grávidas ou com suspeita de gravidez porque a exposição à radiação durante a gestação pode levar a defeitos congênitos do feto.

Se for usado contraste, há o risco de reação alérgica a ele.

Pacientes que saibam ser alérgicos ou sensíveis ao iodo, marisco ou látex devem informar previamente esta condição ao médico.

Também devem informar ao médico se sofrerem de qualquer doença específica como, por exemplo, insuficiência ou outros problemas renais.

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