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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Siringoma: você sabe do que se trata?



Siringoma é o nome de um tumor anexial (anexos da pele) intraepidérmico, benigno, do ducto sudoríparo (canalículo da desembocadura da glândula sudorípara na pele).

Caracteriza-se por pequenas elevações da pele, de dois a cinco milímetros, amareladas ou da mesma cor da pele, endurecidas, apresentando-se em pequeno ou grande número, raramente únicas e mais incidentes entre as mulheres adultas de pele clara. Pode ter uma etiologia genética e acometer várias pessoas de uma mesma família.

Quando as lesões são pequenas e muito numerosas, a pele apresenta-se toda encaroçada, na região afetada.

Como as lesões geralmente ocorrem em regiões muito visíveis, frequentemente na face, elas criam uma aparência bastante inestética.

Por isso, embora o siringoma não represente um problema médico, seu tratamento tem importante finalidade estética.

As áreas mais acometidas são as pálpebras e regiões periorbitárias, mas outras áreas também podem ser afetadas, tais como tórax, pescoço, regiões glútea, pubiana e vulvar.

As lesões são assintomáticas, porém algumas vezes podem coçar.

Os siringomas ocorrem aleatoriamente, de preferência em pessoas do sexo feminino, mas existem formas hereditárias, autossômicas dominantes, que afetam igualmente os dois sexos.

Normalmente aparecem como lesões isoladas que vão aumentando em quantidade, porém pode acontecer a forma eruptiva, de início abrupto na adolescência, com grande número de lesões que se tornam disseminadas.

As lesões podem coalescer (se fundirem), criando placas.

Parece haver uma associação dessas lesões com a síndrome de Down porque elas são mais comuns nos indivíduos com essa condição.

O diagnóstico do siringoma é clínico e histológico e geralmente não são necessários outros exames laboratoriais.

Histologicamente (aparência ao microscópio), o siringoma consiste da proliferação de numerosos pequenos ductos (canais) das glândulas sudoríparas acometidas.

Um diagnóstico diferencial normalmente precisa ser feito com o xantelasma (conjunto de pequenas bolsas amareladas ligeiramente salientes, situadas nas pálpebras) e com o milium (pequenos elementos duros e esbranquiçados, de localização mais superficial que resultam da proliferação de células da epiderme dentro da derme, também chamado brotoeja).

O siringoma não exige tratamento por razão médica; o objetivo é somente estético.

Raramente, o prurido exige o uso de alguma medicação.

O tratamento do siringoma depende do volume, quantidade e extensão das lesões e visa a destruição e remoção das lesões, tornando a pele mais lisa.

Pode ser feito por meio de uma pequena cirurgia, normalmente feita com o uso de um anestésico tópico sob a forma de cremes ou pomadas.

Apenas em alguns casos, em que a lesão é maior, precisa-se fazer um anestésico local injetável. Outras técnicas de tratamento são a eletrocauterização, a dermoabrasão, a aplicação de laser ou de técnicas que combinam o uso do ácido tricloroacético e o laser de CO2.

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