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sábado, 20 de abril de 2013

Atelectasias



Os pulmões são órgãos extensíveis, cheios de ar, onde se dão as trocas do oxigênio, que vai alimentar o organismo, carreado pela circulação sanguínea, pelo gás carbônico, que os pulmões eliminam por meio da expiração.

A atelectasia pulmonar não é uma doença, mas uma síndrome que pode ocorrer em várias doenças e que consiste na falta de aeração e consequente colapso de parte ou da totalidade de um pulmão, devido a um bloqueio dos brônquios ou bronquíolos.

O pulmão, ou parte dele, então “murcha”.

Além do prejuízo respiratório, também ocorrem diminuição da oxigenação e outros distúrbios cardiovasculares.

As causas mais comuns da atelectasia pulmonar são:

•Acúmulo de secreções espessas, formando uma “rolha” que obstrui os brônquios ou bronquíolos.

•Compressão por um tumor.

•Derrame plural (líquido na cavidade pleural).

•Pneumotórax (ar na cavidade torácica).

•Aspiração de corpo estranho (principalmente nas crianças).

•A atelectasia também ocorre em seguida a uma anestesia geral, sobretudo depois de cirurgias efetuadas no tórax ou no abdome superior.

Os sintomas da atelectasia pulmonar variam em função da extensão da lesão e da velocidade de sua instalação.

Nas atelectasias agudas, em geral, são: dor torácica, tosse e dificuldade para respirar.

Nos casos em que a atelectasia se desenvolve aos poucos, os sintomas não costumam ser muito evidentes e muitas vezes são confundidos com os da doença causal.

As atelectasias demoradas podem acabar gerando complicações como infecções, dilatações brônquicas e fibrose pulmonar.

Além dos sinais e sintomas, que podem dar uma primeira pista, o médico poderá confirmar o diagnóstico através da radiografia ou da tomografia computadorizada do tórax.

O exame físico pode não ajudar muito porque a atelectasia só dá sinais se o colapso pulmonar for extenso.

No entanto, ele pode mostrar diminuição da mobilidade torácica, retração costal, dispneia, tosse, diminuição na expansibilidade do pulmão no lado da atelectasia, etc.

Em muitos casos, a broncoscopia (exame feito através de um tubo que porta uma câmera de vídeo em sua extremidade) é capaz de detectar o problema.

No que se refere a exames bioquímicos, a gasometria mostrará hipoxemia, hipercapnia e alcalose respiratória.

Os exames radiológicos, por seu turno, revelarão hipertransparência, aumento da densidade na área colabada, deslocamento do mediastino para o lado da atelectasia, elevação do diafragma e outros sinais típicos que o médico deverá saber avaliar.

O tratamento da atelectasia pulmonar depende da sua causa e tem como objetivo re-expandir o pulmão colabado.

Se houver infecção bacteriana deve-se usar antibióticos. Os mucolíticos (medicamentos que facilitam a expectoração) poderão ajudar na eliminação das secreções.

A fisioterapia pulmonar também pode contribuir com a mobilização das secreções e a broncoscopia pode ser usada para a aspiração dessas secreções.

Se a obstrução dos brônquios for motivada pela aspiração de um corpo estranho para as vias aéreas, a broncoscopia pode ser usada para removê-lo, mas se isso não for suficiente, tem-se de apelar para a cirurgia.

Ela também, em geral, será necessária para a remoção de tumores.

A evolução da atelectasia pulmonar depende da condição que a causa.

Algumas são inteiramente solucionáveis, sem sequelas; outras podem se complicar com infecções ou insuficiências respiratórias graves e algumas podem, inclusive, exigir cirurgias.

Como prevenir a atelectasia pulmonar?

•Depois de uma intervenção cirúrgica o indivíduo deve respirar profundamente, tossir regularmente (sem grande esforço) e começar a se movimentar o mais cedo possível.

•Os indivíduos fumantes devem deixar de fumar por seis a oito semanas após uma cirurgia.

•Os indivíduos com dificuldades neurológicas ou pulmonares devem usar os aparelhos apropriados para o seu caso.

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