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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Osteomielite




Osteomielite (do grego osteos = osso + myelós = medula + -ite, que, em medicina, indica inflamação) é a inflamação aguda ou crônica do osso.

Usualmente essa infecção é causada por bactérias piogênicas (produtoras de pus) ou fungos, que pode comprometer também a medula óssea e o periósteo (membrana que reveste o osso).

A bactéria que mais comumente causa a osteomielite é o Staphylococcus aureus, mas o agente responsável varia de acordo com a idade do paciente e o mecanismo da infecção.

Os ossos longos dos membros e da coluna vertebral são os mais frequentemente acometidos, no entanto a osteomielite pode acometer qualquer osso do corpo.

A inflamação da medula óssea pode fazer pressão contra a parede rígida do osso e comprimir os vasos sanguíneos contidos nela, interrompendo o fornecimento de sangue ao osso, causando a morte dele.

A osteomielite sempre começa como infecção aguda e caso não seja tratada adequadamente evolui para uma forma crônica.

A osteomielite é uma infecção causada por bactérias, fungos ou vírus, que podem chegar aos ossos principalmente por uma dessas três vias:

1. Circulação sanguínea: uma infecção pré-existente que se espalha pelo corpo através do sangue.

2. Invasão direta: fraturas expostas, cirurgias, implantes ou próteses, etc.

3. Infecções dos tecidos moles adjacentes (trauma, cirurgia ou foco infeccioso junto ao osso).

Pode também ser secundária a uma doença vascular periférica que produza isquemia no osso. As pessoas diabéticas são mais suscetíveis ao desenvolvimento da osteomielite.

Às vezes a osteomielite passa meses ou anos sem produzir sintomas, mas quando eles começam, normalmente, a osteomielite causa febre e dor no osso infectado, que piora à noite e com a movimentação.

Os tecidos que recobrem o osso podem mostrar-se inchados e inflamados e os movimentos podem se tornar dolorosos. As vértebras normalmente desenvolvem infecções mais graduais, causando dores persistentes nas costas e sensibilidade aumentada ao tato. A febre pode estar ausente.

Nas infecções crônicas que transbordam os ossos podem formar-se abscessos nos tecidos moles adjacentes, causando uma supuração constante ou intermitente através da pele.

Uma primeira suspeita diagnóstica pode advir dos sintomas e dos exames físicos.

Um exame de sangue pode auxiliar o diagnóstico, indicando se há uma quantidade aumentada de leucócitos (sobretudo nas formas agudas) bem como taxas elevadas de proteína C reativa e velocidade de sedimentação.

A cintilografia óssea, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética ajudam a identificar a zona infectada.

No entanto, para saber-se qual é a bactéria ou fungo que está causando a infecção deve-se colher amostras de sangue, pus, líquido articular ou do próprio osso.

O tratamento básico da osteomielite é feito com antibióticos. Deve-se escolher os antibióticos que têm boa penetração óssea e que cubram os germes mais comumente responsáveis pela osteomielite.

No princípio eles devem ser administrados por via endovenosa, podendo mais tarde ser dados por via oral.

A terapia com antibióticos deve durar no mínimo quatro a seis semanas, sendo que algumas pessoas necessitarão de meses de tratamento.

Os abscessos quase sempre necessitarão de drenagem cirúrgica. A drenagem sempre deverá ser feita quando o pus do osso infectado abrir caminho até à pele, formando uma fístula. Os tecidos e ossos mortos devem ser extraídos cirurgicamente e o espaço vazio deve ser preenchido com osso, músculo ou pele sãos.

Em casos graves pode ser necessária a amputação do membro ou a extirpação do osso afetado.

Se uma infecção óssea não for tratada de maneira adequada, pode produzir-se uma osteomielite crônica que venha a demandar extração do osso ou até mesmo a amputação do membro comprometido.

Pode haver evolução do processo inflamatório para as articulações, levando à artrite e artrose.

Em pacientes com osteomielite crônica há o risco de septicemia (infecção generalizada).

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