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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Amebíase





A amebíase é uma doença infecciosa, causada pela Entamoeba histolytica, normalmente causadora de alterações gastro-intestinais, como diarreia e que também pode estar presente no organismo sem desenvolver a doença. No intestino, ela fagocita (alimenta-se de) restos alimentares ou a própria parede intestinal, o que causa sangramentos.

Em casos mais graves pode levar ao comprometimento de órgãos e tecidos fora do intestino, como fígado, pulmões e cérebro.

A amebíase é causada pela Entamoeba histolytica, que é transmitida ao homem por meio de alimentos ou água contaminados por cistos amebianos, por falta de higiene e pela manipulação inadequada dos alimentos por portadores desse protozoário.

A contaminação pela Entamoeba histolytica é mais comum onde o saneamento básico é precário, uma vez que ela se dá por ingestão dos cistos do micro-organismo, os quais, liberados pelas fezes da pessoa infectada, podem contaminar a água ou os vegetais.

Ingeridos, eles dão origem, no sistema digestivo, a trofozoítos (formas microscópicas parasitárias) que invadem o intestino grosso, causando os sintomas da amebíase. Fora do corpo, a Entamoeba histolytica toma a forma de cisto (uma espécie de “ovo” que resiste ao clima e ao tempo) e pode durar anos, liberando as amebas quando o homem o ingere. Como o período de incubação varia entre duas e quatro semanas (podendo ser muito maior), mesmo o indivíduo assintomático é capaz de contaminar outras pessoas. Liberados novamente pelas fezes, os cistos dão continuidade ao ciclo de infecções.

Os sinais e sintomas da amebíase são muito variáveis, desde diarreias sanguinolentas agudas até simples dores abdominais. Uma vez presentes no intestino grosso, os trofozoítos causam sintomas como:

• Desconforto abdominal.

• Cólicas.

• Aumento dos ruídos intestinais.

• Diarreia sanguinolenta ou com muco.

• Febre.

• Emagrecimento.

• Calafrios.

Em casos raros pode ocorrer perfuração intestinal. A infecção pode manter-se sob forma leve durante anos, gerando sintomas mais discretos. Os protozoários podem invadir outros tecidos, provocando abscessos no fígado, pulmões ou cérebro, por exemplo, causando dores, febre e calafrios. Essas complicações extraintestinais da doença podem ser graves e evoluir para a morte.

O diagnóstico da amebíase é feito pelo exame de fezes, mas pode exigir exames de sangue e de imagens (tomografia computadorizada, ecografia ou ressonância magnética), punção das inflamações e endoscopias.

Na verdade, na maioria das vezes, o diagnóstico é clínico, isto é, pelo histórico e avaliação clínica, o médico tem condição de concluir que se trata de uma amebíase.

O tratamento da amebíase é feito com fármacos, prescritos pelo médico conforme o quadro clínico do paciente. Se houver abscessos, pode ser conveniente puncioná-los para fazer uma drenagem. Raramente uma cirurgia é necessária.

Tem como prevenir?

As medidas de saneamento básico são as mais importantes para reduzir ou mesmo erradicar a amebíase, mas algumas medidas individuais de higiene podem contribuir para evitar a doença:

• Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais etc.

• Lavar as mãos antes de comer ou preparar alimentos.

• Não consumir água de fonte duvidosa. Ingerir unicamente água tratada.

• Higienizar os vegetais antes do consumo, com ácido acético ou vinagre.

• Evitar o contato direto ou indireto com fezes humanas.

• Não utilizar excrementos animais como fertilizante nas lavouras.

• Combater insetos e animais que podem se contaminar, como moscas, baratas, ratos, etc.

Se adequadamente tratada ela evolui bem e não deixa sequelas.

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