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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pterígio





O pterígio, termo originário do grego (pterygion= asinha), caracteriza-se pela presença de uma massa fibrovascular da conjuntiva, triangular e elevada, que cresce a partir do ângulo interno do olho em direção à córnea. Embora comumente o pterígio encontra-se localizado no canto interno dos olhos, ele pode aparecer no canto externo, mais raramente.

A conjuntiva é a membrana encontrada sobre a esclera e a parte interna das pálpebras.

A córnea, por sua vez, é uma membrana transparente que normalmente não contém vasos sanguíneos, o que possibilita a passagem da luz através dela. Já no pterígio, a membrana que se alastra em direção à córnea pode recobri-la com vasos sanguíneos e tecido fibroso, dificultando a visão.

As causas exatas do pterígio ainda não são conhecidas, mas sabe-se que fatores genéticos e ambientais se combinam para favorecer o seu surgimento. Entre os fatores ambientais contam-se a exposição à poeira, ao vento e à radiação ultravioleta. Por isso, o pterígio tem maior incidência nas populações que vivem em regiões mais próximas à linha do Equador, onde a iluminação solar é mais direta.

O quadro clínico do pterígio depende de seu estágio de evolução. Em sua fase inicial, observa-se um crescimento pouco vascularizado da conjuntiva em direção à córnea e ele, por vezes, nem chega a ser notado pelas demais pessoas. Posteriormente, os vasos sanguíneos tornam-se mais dilatados e congestos e a córnea torna-se irregular. Nesse estágio ele já é claramente perceptível para quem observa. Se o pterígio atingir o centro da córnea, pode haver comprometimento da visão e sintomas como olhos vermelhos, fotofobia, irritação ocular, ardência, prurido (coceira) e sensação de areia nos olhos.

O pterígio é uma afecção benigna e pode conservar-se inócua. O tratamento inicial deve ser clínico e o paciente deve proteger seus olhos com óculos escuros e lubrificá-los para evitar ressecamento. Corticosteroides de baixa concentração e vasoconstritores podem ser prescritos por curto período de tempo, conforme o caso. A cirurgia pode ser feita por razões cosméticas ou funcionais, quando há risco à visão ou limitação da mobilidade ocular. A recorrência após a cirurgia é frequente e geralmente mais agressiva do que a lesão primária.

Não há como prevenir completamente o pterígio, no entanto, algumas medidas podem torná-lo mais brando:

• Proteger os olhos com óculos escuros.

• Evitar condições ambientais secas e empoeiradas.

• Aplicar lágrimas artificiais para umedecer os olhos

Em alguns casos, o pterígio pode estabilizar-se, ficando inalterado durante anos. Na maioria das vezes ele evolui lentamente, ao longo de meses ou anos, em direção à superfície da córnea, podendo prejudicar a visão e gerar desconforto. A progressão pode também ser rápida.

A recorrência após a cirurgia é muito frequente.

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