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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Diálise peritoneal





Os rins têm a função de eliminar substâncias tóxicas ao organismo, através da urina. Quando eles adoecem e deixam de cumprir temporária ou definitivamente essa função, ela tem de ser feita pela diálise peritoneal, pela hemodiálise ou, em última instância, pelo transplante renal.

A diálise peritoneal é um processo artificial de filtração do sangue através do peritônio, em substituição aos rins. A hemodiálise, por sua vez, visa os mesmos objetivos, mas a filtração se faz por meio de circulação extracorpórea, utilizando um filtro mecânico instalado em uma máquina. Geralmente esses procedimentos terapêuticos só são indicados em insuficiências renais avançadas, não controláveis por outros meios.

O peritônio é uma membrana semipermeável existente no abdome, rica em vasos sanguíneos, que no processo é colocada em contato com uma solução de diálise, artificialmente introduzida na cavidade abdominal. Através do peritônio dão-se as trocas químicas que eliminam as substâncias nocivas ao organismo contidas no sangue, as quais normalmente deveriam ser eliminadas pelos rins. Com o passar do tempo, contudo, a membrana peritoneal se altera, a filtração fica progressivamente mais difícil e o paciente tem de passar da diálise peritoneal para a hemodiálise ou fazer o transplante renal.

Como se procede à diálise peritoneal?

Uma solução dialisadora é introduzida no abdome por meio de um cateter e deve permanecer lá por algumas horas. O sangue circulante que entra em contato com ela faz trocas, eliminando certas escórias orgânicas. Após algum tempo, a solução é renovada, por meio de drenagem feita pelo mesmo cateter e é reintroduzida uma porção nova da solução, o que é conhecido como ciclo da diálise.

O tipo de diálise e o número de ciclos adequados para cada paciente devem ser determinados pelo médico (nefrologista), segundo as especificidades de cada um dos pacientes. Uma vez colocado o cateter, a diálise peritoneal pode ser conduzida pelo próprio paciente, em casa ou no local de trabalho, por exemplo. Só algumas poucas diálises, mais complexas, exigem hospitalização. O líquido para infusão vem acondicionado em bolsas plásticas que podem ser facilmente conectadas ao cateter e as trocas realizadas de 3 a 6 vezes por dia.

Como evolui a diálise peritoneal?

Muitas pessoas se submetem à diálise peritoneal durante anos, sem complicações, mas em alguns casos podem acontecer hemorragias no ponto de introdução do cateter, perfuração acidental de um órgão interno, extravasamento ou obstrução do líquido de diálise ou infecções. Podem ainda ocorrer complicações mais raras, como esclerose peritoneal com obstrução intestinal, hipotireoidismo, hérnias inguinais e convulsões.

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