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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Tireóide “desregulada”?





Uma desculpa comum para o aumento de peso é ter a tireóide “preguiçosa” ou “desregulada”, até mesmo sem uma avaliação de um médico, muita gente afirma ter “problema de tireóide” e por esta razão não consegue emagrecer.

Mas, na verdade, na imensa maioria das vezes a tireóide não está relacionada à obesidade.

Um quadro de alteração deste órgão é mais complexo do que simplesmente ter aumento de peso ou manutenção de peso elevado.

Se você “suspeita” que sua tireóide está realmente “preguiçosa”, consulte um médico, clínico ou endócrino, para confirmar tal possibilidade.

Mas, afinal das contas, o que é a tireóide? É uma glândula (órgão que produz hormônios) endócrina (e libera esses hormônios na circulação sanguínea) que fica na região anterior do pescoço, abaixo da cabeça.

Pesa cerca de 15 gramas e é responsável pela taxa de metabolismo basal (quantidade de energia ou de calorias que o corpo usa para sua manutenção mínima) do organismo, possibilitando que a energia absorvida e acumulada pelo corpo seja queimada de forma apropriada e proporcional para o melhor aproveitamento possível de todas as células.

Dois hormônios são produzidos por essa glândula, que são o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina) e ambos contêm iodo em sua constituição.

Os níveis desses dois hormônios têm uma regulação através do cérebro, por conta de uma outra glândula, chamada de hipófise, por um mecanismo chamado de bio-feedback, traduzindo, quando a produção de T3 e T4 está baixa, a hipófise registra os níveis e envia um hormônio, chamado TSH (hormônio de liberação da tireóide) para a glândula responsável pela produção dos dois, a tireóide.

Enfim, como em tudo, nosso organismo é muito bem “bolado” e tem uma série enorme de recursos para controle e autocontrole.

Os principais problemas de funcionamento da tireóide são o hipo e o hipertireoidismo, mas há, também a formação de nodulações no tecido do órgão, de causas variadas e algumas vezes não conhecidas.

O hipotireoidismo é caracterizado pela desaceleração da tireóide, que passa a produzir menos T3 e T4, ainda que a hipófise “alerte” para o problema. Pacientes com este problema apresentam tendência a aumento de peso, em cerca de 10%, além de fadiga, câimbras, alterações da pele, das unhas e perda de cabelos.

A causa mais comum é a chamada “tireoidite de Hashimoto”, na qual o organismo apresenta uma autoagressão imunológica, isto é, ele destrói o tecido tireoidiano.

O hipertireoidismo é o oposto do anterior, com produção excessiva de T3 e T4, causando perda de peso, vertigens, insônia, alterações visuais, ansiedade, cansaço, tremores, aumento da transpiração, falta de ar e bócio (aumento da tireóide).

O não tratamento deste quadro pode levar a consequências graves para o paciente e até mesmo a morte.

Enfim, para o entendimento do quadro e tratamento da tireóide, é necessário, sempre, a intervenção médica.

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