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domingo, 29 de abril de 2012

Síndrome das Pernas Inquietas (SPI)




A SPI é um distúrbio sensório-motor, que se manifesta por sensação desagradável de desconforto nos membros, que é aliviada pelos movimentos.

Os pacientes referem sensações disestésicas, descritas como agulhadas, um prurido interno, que melhoram com uma atividade motora intensa, com movimentos vigorosos das pernas em flexão, extensão ou cruzamento.

Esses sintomas pioram no decorrer do dia ou à noite, interferindo na qualidade do sono. A intensidade desses sintomas varia de um paciente a outro e também com relação a freqüência.

Assim, o paciente pode permanecer assintomático por determinados períodos ou ser acometido pelos sintomas várias vezes ao dia.

Os sintomas pioram com a idade. É uma doença da meia idade, podendo surgir entre 27,2 e 41 anos. Os sintomas das pernas inquietas provocam um grande impacto negativo na vida do seu portador: a disestesia contínua no leito pode gerar um desespero tão intenso a ponto de o paciente ter idéias suicidas; problemas de ordem conjugal surgem, por causa dos movimentos contínuos causados durante o sono pelo paciente.

Muitos pacientes referem sonolência diurna e fadiga, também diurna, claro.

Em casos mais graves, o paciente deixa de ter uma vida social adequada, e por exemplo, é impossibilitado de fazer viagens longas, assistir a filmes, participar de reuniões sociais ou simplesmente ler um livro.

Existe uma relação familial em 1/3 dos casos, sendo a herança provavelmente autossômica dominante, de penetrância variável 7,8.

A SPI pode estar relacionada a outras condições, como anemia ferropriva e polineuropatia. A relação com a polineuropatia não é bem clara, podendo para alguns autores ser ela a causa da SPI 9.

A prevalência da SPI é variável e, de acordo com vários trabalhos, é estimada em 2,5% a 12%, dependendo da metodologia empregada 10. É maior no sexo feminino (17%) em relação ao masculino (13%) e maior na população idosa.

O tratamento inclui agentes dopaminérgicos (medicamentos utilizados para tratar Síndrome de Parkinson), opióides (analgésicos potentes), benzodiazepínicos (popularmente: calmantes) e anticonvulsivantes.

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