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quinta-feira, 8 de março de 2012

Halitose ou mau hálito




Halitose, popularmente conhecida como mau hálito, além de desagradável, pode causar prejuízos à autoestima, às relações interpessoais e algumas vezes ser um sinal de que algo anda errado com o organismo. O alerta é da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).


Várias alterações podem causar a halitose (mau hálito), tais como:

• Jejum prolongado.

• Dietas para emagrecimento.

• Problemas de saúde como diabetes, intolerância à lactose e outras situações ainda mais graves como o câncer, as doenças autoimunes, os distúrbios renais e hepáticos, etc.

• Descamação da mucosa bucal.

• Acúmulo de saburra lingual (língua branca).

• Presença de cáseos nas amígdalas (formações de pontos brancos nas amígdalas, decorrentes do acúmulo de restos alimentares nas criptas das amigdalas).

• Alterações salivares, neste caso, saliva viscosa ou em pequena quantidade, que pode trazer a sensação de boca seca.

Por isso, é importante avisar quem está com mau hálito, para que a pessoa possa acompanhar de perto sua saúde, buscando diagnóstico precoce e tratamento adequado, de modo a evitar que certas condições piorem.


Como posso avisar um amigo que tem halitose sem que isso seja uma situação constrangedora?

A ABHA mantém em seu site várias informações sobre o tema, indicações de cirurgiões dentistas de todo o Brasil habilitados para tratar a halitose, além do serviço gratuito “SOS Mau Hálito“.

Este serviço encaminha um email ou carta, de forma anônima, para avisar quem está com mau hálito sobre o problema. Assim, a identidade da pessoa que solicitou o alerta é mantida em sigilo.

De acordo com a ABHA, quem tem mau hálito muitas vezes não percebe a alteração, pois quando ficamos expostos a um mesmo cheiro por algum tempo, ocorre um fenômeno fisiológico denominado “ fadiga olfatória”, ou seja, o nariz acostuma-se com o odor e deixa de notá-lo. Daí a importância de um aviso vir de uma segunda pessoa ou de um serviço como o “SOS Mau Hálito”.


Segundo a associação, o cirurgião-dentista deveria ser o primeiro profissional a ser consultado nos casos de hálito alterado, pois, cerca de 90% de suas causas estão na boca, de acordo com várias pesquisas.

A higiene inadequada dos dentes contribui para o problema, mas diferente do que muitos pensam, não é o principal vilão. Há outras alterações na boca que, apesar de frequentemente não serem avaliadas pela maioria dos profissionais, induzem à formação do mau hálito, como as citadas acima em "O que causa o mau hálito?".


Cerca de 30% da população brasileira é acometida ocasionalmente ou de forma crônica pelo mau hálito, ou seja, aproximadamente 57 milhões de pessoas. Felizmente, apenas uma pequena parcela desse contingente tem um problema de saúde mais grave por trás do mau hálito, mas é sempre importante averiguar.

Além disso, à medida que envelhecem, as pessoas vão ficando mais suscetíveis ao mau hálito.

Estudos apontam que a incidência de halitose na população brasileira é de 17% na faixa etária de zero a 12 anos, 41% de 12 a 65 anos, e 71% acima dos 65 anos de idade, devido à redução da função das glândulas salivares, causada principalmente pelo uso continuado de uma grande quantidade de medicamentos que reduzem a salivação e pelo hábito comum nessa faixa etária de baixa ingestão de líquidos.

Vale lembrar que os líquidos são a matéria-prima principal para a formação de saliva em boa quantidade e de qualidade. Esta, por sua vez, para a manutenção de um hálito agradável.



Obs.: este texto foi elaborado com o apoio de Marcos Moura, presidente da ABHA, e de Maria Cecília Aguiar, vice-presidente da ABHA.

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