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quinta-feira, 1 de março de 2012

Estatinas para tratar o excesso de colesterol...





Estatinas podem aumentar a glicemia e a hemoglobina glicosilada, além de causar perda de memória e confusão mental. Os benefícios cardiovasculares parecem superar os pequenos riscos.

O U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou alterações importantes nas bulas das estatinas, medicação usada para reduzir o colesterol. Em conjunto com a dieta e com os exercícios físicos, as estatinas são usadas para reduzir os níveis de LDL colesterol, conhecido como "colesterol ruim". As alterações da bula visam orientar os pacientes e os profissionais de saúde quanto à efetividade e à segurança do medicamento.

As mudanças no texto da bula incluem monitoramento de enzimas hepáticas: não há necessidade de monitoramento periódico das enzimas hepáticas em pacientes que fazem uso da medicação. As enzimas hepáticas devem ser avaliadas antes da introdução da medicação e, de acordo com a indicação clínica, após o início do uso do medicamento. Se ocorrer dano hepático com sintomas clínicos e/ou hiperbilirrubinemia ou icterícia durante o tratamento, a terapia com estatina deve ser interrompida. Caso uma etiologia alternativa não seja encontrada para explicar estes sintomas, a estatina não deve ser reiniciada.

Como pode haver problemas hepáticos graves com o uso de estatinas, os pacientes devem procurar o seu médico caso sintam fadiga não habitual, fraqueza, perda de apetite, dor abdominal acima do umbigo, urina escurecida, pele ou conjuntiva dos olhos (parte branca dos olhos) amarelada.

Eventos adversos: há relatos de efeitos adversos cognitivos como perda de memória, esquecimentos, amnésia, deterioração da memória e confusão mental associados ao uso de estatina. Estes sintomas relatados geralmente não são graves e são reversíveis com a descontinuação do uso de estatina. A duração dos sintomas é variável (de um dia a alguns anos) e a resolução dá-se em uma média de três semanas.

Aumentos na hemoglobina glicosilada (HbA1C) e da glicemia sanguínea também foram observados com o uso de estatinas.

O FDA continua a acreditar que os benefícios cardiovasculares das estatinas são mais importantes do que o pequeno aumento desses riscos.

Interação com outros medicamentos: a bula da lovastatina foi atualizada com novas contraindicações (situações em que o medicamento não deve ser usado) e limitações de dose quando usada em conjunto com outras medicações que podem aumentar o risco de lesões musculares (miopatia/rabdomiólise).

Os médicos e os pacientes devem relatar ao programa FDA MedWatch os eventos adversos com o uso de estatinas.

Em resumo: estatinas são boas, mas não deixam de causar problemas...

Fonte: FDA

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