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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Convulsões: vamos entender um pouco sobre elas?




O que são convulsões?

Clinicamente, as convulsões são crises caracterizadas por perda súbita da consciência, geralmente acompanhadas de fortes abalos musculares tônico-clônicos (relaxamentos e contrações alternados), eliminação involuntária da urina e cessação da deglutição, acompanhada de apneia com duração de alguns segundos e de um “despertar” confuso e desorientado.
As convulsões constituem um quadro de emergência médica e embora raramente representem um perigo à vida, geralmente são vistas dessa maneira pelas pessoas que circundam o paciente. A verdadeira gravidade ou não da situação é dada pelas enfermidades que desencadeiam as crises.

Quais as causas das convulsões?

A maioria das convulsões ocorre em epilépticos e neles são crises periódicas, crônicas e repetitivas. Há outras, eventuais, devido a fatores simples ou graves como febre, traumatismos, hipóxia cerebral, tumores, intoxicações, infecções ou infestações, medicamentos, alterações metabólicas, etc.

As convulsões febris acontecem normalmente em 2 a 5% das crianças entre 3 meses e cinco anos de idade, à raiz de elevações bruscas e intensas da temperatura. Apesar de ser um quadro muito dramático essas convulsões em geral são benignas e tendem a desaparecer depois daquela idade.

Quais os sinais e sintomas de uma convulsão?

Os sinais e sintomas das convulsões são:

• Perda brusca ou muito rápida da consciência. Algumas vezes essa perda é súbita; outras vezes ela é antecedida por breves sinais, chamados “auras”, que avisam sua aproximação. A recuperação da consciência se dá gradualmente, dentro de alguns minutos.
• Queda desprotegida ao chão com possibilidade de se ferir.
• Violentas contrações musculares generalizadas que duram alguns segundos e torção da cabeça e dos olhos para um dos lados.
• Atrito dos dentes, com possibilidade de quebra dos mesmos. Possibilidade de mordedura e até seccionamento da língua em virtude de potentes contrações dos maxilares.
• A língua torna-se flácida e pode cair para trás, impedindo a passagem do ar.
• Emissão de um grito agudo no momento do desmaio, resultante da eliminação do ar retido nos pulmões.
• Eliminação involuntária de urina.
• Incapacidade de deglutir saliva, com acumulação da mesma na boca e eliminação dela sob a forma de “baba”. Se houver ferimento da língua, a saliva eliminada pode estar sanguinolenta;
• Despertar confuso e desorientado, do qual o paciente se recupera aos poucos. De início ele não reconhece o lugar onde se encontra, nem as pessoas ao seu redor.
• Completa amnésia do ocorrido. O paciente não se lembra da convulsão que acabou de ter.
• Dor de cabeça e sensação de fadiga ao despertar.

Quais são os primeiros socorros a serem prestados em caso de convulsão?

• Afrouxar as vestes que estejam justas: cintos, gravatas, colarinhos, etc. Retirar possíveis adereços (colares, cachecóis, etc.) e próteses (dentadura, aparelhos dentários móveis, etc.) que o paciente esteja usando, tendo o cuidado de não se ferir em uma eventual mordida do paciente.
• Proteger a cabeça do paciente e colocá-la de lado, evitando que a língua caia para trás e obstrua a passagem da respiração.
• Colocar uma proteção entre os dentes - um rolo de pano, por exemplo. Isso tanto evita o ranger violento dos dentes bem como a mordedura da língua. Evitar colocar os dedos, que também podem ser feridos.
• Deitar o paciente sobre um lugar espaçoso e contê-lo para que ele não caia e não se fira, permitindo que os movimentos convulsivos se realizem até que terminem espontaneamente. Retirar objetos perigosos das proximidades do paciente.
• Aguardar para que o paciente recobre a respiração normal, o que em geral se dá após um período de apneia que termina por uma inspiração profunda.
• Manter-se junto do paciente até que ele recobre completamente sua orientação.
• Salvo nos casos de status convulsivos, em que as convulsões se repetem sem intervalos, ou nos casos em que ocorrerem complicações, nenhuma medicação precisa ser administrada imediatamente em seguida a uma convulsão. Medicações ou outras medidas terapêuticas só devem ser administradas com vistas a prevenir novas crises. E devem ser prescritas por um médico.
• Em convulsões de causas ainda desconhecidas deve ser providenciada assistência médica que esclareça a causa.
• Raramente há complicações das convulsões, mas elas podem ocorrer: luxações articulares, fraturas ósseas, principalmente em pacientes com osteoporose, deslocamentos de próteses, etc.

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