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sábado, 17 de dezembro de 2011

Angina de peito


A angina, angina de peito, angina pectoris ou angor pectoris não é uma doença, mas um conjunto de sintomas (uma síndrome) que ocorre devido ao baixo suprimento de oxigênio ao músculo cardíaco em razão de obstruções ou espasmos das artérias coronarianas.

Essa insuficiência quase sempre é transitória e se verifica naquelas condições em que o coração exige um desgaste maior de oxigênio como esforços físicos ou excitações emocionais intensas e geralmente cede em poucos minutos, sem deixar sequelas.

Quase sempre é indicativa de uma doença coronariana. Um de seus principais componentes é uma dor no peito e o termo “angor pectoris” significa algo como "estrangulamento do peito", que é a forma característica como essa dor é sentida.

A angina ocorre quando as artérias coronárias ficam demasiado estreitas para fornecerem sangue suficiente ao coração. A sua principal causa é a aterosclerose das artérias cardíacas. Outras causas menos comuns são, por exemplo, a compressão das artérias por algo próximo às mesmas, inflamações ou infecções das artérias e doenças nas válvulas cardíacas.

Os fumantes, os obesos, os sedentários e as pessoas com colesterol ou pressão arterial alta têm mais probabilidade de ter angina que as demais pessoas. O sintoma principal da angina é a dor no peito.

Na maioria das pessoas ela é referida como um desconforto no peito, habitualmente descrito como pressão, peso, aperto, ardor ou sensação de choque, localizado principalmente no centro do peito, nas costas ou no pescoço, no queixo ou nos ombros, com frequentes irradiações para os braços (esquerdo principalmente).

Em geral, é exacerbada pelo excesso de estresse emocional, pelo esforço físico, pela digestão depois de uma refeição farta e por temperaturas frias. Essa dor dura de um a cinco minutos e pode ser acompanhada por suor e náuseas em alguns casos e é aliviada pelo repouso ou por medicação específica.

As primeiras suspeitas podem ser levantadas pelo exame clínico que detecte sintomas típicos. Nas anginas em que não haja dores no peito e em que não tenham ocorrido problemas cardíacos anteriores, o eletrocardiograma é tipicamente normal, mas modificações dele podem ser observadas durante os episódios de dor.

Para se detectar eventuais deficiências circulatórias, usa-se fazer um teste ergométrico tomando-se o eletrocardiograma enquanto o paciente corre em uma esteira. Em casos específicos, é necessária a realização de uma angiografia coronariana a qual sugerirá o tratamento a ser seguido, inclusive em casos cirúrgicos.

O tratamento principal da angina deve visar três fatores:

• Aliviar os sintomas.
• Diminuir o ritmo de progressão da doença.
• Reduzir a ocorrência de complicações cardíacas futuras.


A nitroglicerina é usada comumente para tratar as dores agudas da angina. Doses baixas diárias de aspirina usadas por pacientes que não tenham problemas com o seu uso são bastante úteis em pacientes com angina estável.

Algumas medicações com diferentes mecanismos de ação, à base de nitrato, betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e antiagregantes plaquetários são usados para aliviar os sintomas da angina.

Torna-se ainda mais importante manter controle sobre os fatores de risco para doenças cardíacas, como parar de fumar, perder peso, fazer exames para o colesterol alto, controlar o diabetes e a pressão alta, etc. Diversas técnicas cirúrgicas, como a angioplastia, com ou sem a colocação de stent ou uma revascularização cardíaca, podem estar indicadas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa Tarde
Entendo que posso e devo felicitá-lo por este e todos os outros assuntos que de uma forma clara, incisiva e muito óbvia, aborda neste Blog.
Fui acometido de uma situação cardíaca idêntica à que descreve...
Um grande "bem haja" pelas matérias que trata.
Cumprimentos
De Portugal
luisfreitascosta@gmail.com