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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Raiva e o Coração




A Raiva de fato mata ou, pelo menos, aumenta significativamente os riscos de ter algum problema sério de saúde, onde se inclui desde uma simples crise alérgica, uma grave úlcera digestiva, até um fulminante ataque cardíaco.

Janice Williams acompanhou por seis anos 13.000 homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos e, tomando o comportamento como base, descobriu que as pessoas que se irritam intensamente, e com freqüência, têm três vezes mais probabilidades de sofrer um infarto do que aquelas que encaram as adversidades com mais serenidade.

Isso ocorre porque, a cada episódio de Raiva, o organismo libera uma carga extra de adrenalina no sangue (veja o que acontece nasSuprarenais durante o Estresse). O aumento da concentração de adrenalina aumenta o número de batimentos cardíacos e, simultaneamente, torna mais estreitos os vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial. A repetição desses episódios pode gerar dois problemas em geral associados ao infarto; alteração do ritmo cardíaco (arritmia), aumento da pressão arterial e uma súbita dilatação das placas de gordura que, porventura, estejam nas artérias.

A medicina tem enfatizado exaustivamente as condições de vida e de personalidade que favorecem a doença cardíaca; quem fuma, como se sabe, tem até cinco vezes mais possibilidades de sofrer um ataque cardíaco, pessoas de vida sedentária apresentam risco 50% maior de ter problemas de coração, obesidade, idem. Agora, depois de muitos estudos sabe-se que a influência da Raiva no desenvolvimento de doenças cardíacas é comparável a essas causas anteriormente conhecidas, e mais, independentemente delas.

Isso quer dizer que, se a pessoa não tiver nenhuma dessas condições relacionadas ao desenvolvimento de doenças cardíacas mas for raivosa, estará igualmente sujeito à elas.

A ansiedade e a Raiva são perigosas à saúde. Um recente artigo de Suinn oferece uma revisão seletiva da pesquisa nessa área e ilustra como a ansiedade e a Raiva aumentam a vulnerabilidade às doenças, comprometem o sistema imune, aumentam níveis de gordura no sangue, exacerbam a dor, e aumentam o risco da morte por doença cardiovascular. Os mecanismos possíveis para tais efeitos foram identificados por , incluindo o papel da resposta cardiovascular a essas emoções no agravamento da saúde (Suinn, 2001).

Assim sendo, as pessoas cuja personalidade se classifica como Pavio Curto, está provado, têm muito mais chances de sofrer do coração. Parar de fumar, fazer exercícios regularmente e ter uma alimentação saudável já é difícil, hoje em dia, dominar a Raiva, é mais difícil ainda. Mas é possível, graças à Deus.

Não se pode tentar estabelecer alguma relação entre Raiva e agente estressor desencadeante da Raiva. Essa questão varia de pessoa para pessoa e depende, basicamente, da valoração que a pessoa dá aos objetos do mundo à sua volta e dos traços de sua personalidade. Mas há um estudo que procurou relacionar os efeitos estressores do preconceito racial no sistema cardiocirculatório. Nessa pesquisa, a hostilidade e Raiva elevadas foram associadas com os níveis mais elevados da pressão arterial. E mesmo a exposição indireta ao conflito racial (filmes) determina uma reação hipertensiva em pessoas previamente sujeitas ao sentimento da Raiva.

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